Algumas vezes o ano não foi assim grande coisa. Ou talvez o ano tenha sido bom, mas estávamos tão estressados, cansados e envolvidos pelos problemas que acabamos não dando a devida atenção à parte boa. Mais uma vez, é o tal referencial alterando os sentidos, para o bem ou para o mal.
segunda-feira, 31 de dezembro de 2012
Adeus, 2012! Feliz 2013!
Algumas vezes o ano não foi assim grande coisa. Ou talvez o ano tenha sido bom, mas estávamos tão estressados, cansados e envolvidos pelos problemas que acabamos não dando a devida atenção à parte boa. Mais uma vez, é o tal referencial alterando os sentidos, para o bem ou para o mal.
segunda-feira, 24 de dezembro de 2012
Conto de Natal
Dezembro. Natal. Espírito natalino.
O poder do 13º salário aquecendo os bolsos, dando a sensação de serem mais fundos.
Amor. Calor familiar. Muito altruísmo ou quase isso.
No calor do momento, ele havia andado por horas de loja em loja. Tentou ao máximo fugir do comportamento nacional de deixar para comprar tudo de última hora, mas, mesmo assim, havia as formigas e seus formigueiros. Sentiu-se como uma formiga, no meio de diversas outras. Todas atrás do maior pedaço de comida para carregar para casa. Nesse caso, todas atrás de presentes. Amigo oculto no trabalho e em casa. Lembrancinhas para os seus. Ele queria presente para a mãe, o pai, a avó, o irmão e as sobrinhas. Até o cachorro estava merecendo um osso novo esse ano; não havia rasgado nenhuma almofada.
O sentimento mais presente era o do gastar. E não podia deixar de comprar coisas novas para si. Também merecia fazer parte do lindo sentimento de renovação que o Natal e a virada de ano traziam. Assim, comprou três calças, duas bermudas, duas camisetas e um sapato novo. Sem falar nos eletrônicos.
Quanto aos presentes, conseguiu gastar apenas R$ 500,00. Uma diferença grande, em comparação ao ano passado. Será que foi mais econômico ou os preços diminuíram? Achava difícil terem diminuído, já que a tendência é sempre aumentar. Mas não havia sentido questionar quando a economia tinha sido maior. Foi um mês de ótimos gastos e logo, muita felicidade. Gastar nessa época trazia uma felicidade tamanha. Claro que ele não se esqueceu de dar algo aos pobres. Era uma das obrigações de Natal mais consideráveis, ensinadas pelos avós. Ajudou alguns; sua alma foi enriquecida. Como estava feliz com tudo aquilo!
Ele foi à missa parabenizar Jesus. Ele não devia ser esquecido. Afinal as comemorações eram para Ele. O simbolismo, mesmo que muitos não ligassem ou se esquecessem, era todo dEle. Rezou, agradeceu-O, parabenizou-O.
E chegara a hora da tão esperada ceia. Peru e farofa de seus miúdos, salpicão, frutas secas e frutas estranhas que só aparecem nessa época, pernil de porco, vinho e champanhe... Comida para todos em casa e para sobrar para o almoço do outro dia. Conversas e mais conversas sobre o ano. Lembrança dos que partiram para o andar de cima. Meia noite. Troca de presentes. Muitas meias e cuecas. Abraços e carinho familiar. Em seu pensamento, um Natal muito feliz.
Ironias e brincadeiras à parte, que o Natal de todos seja feliz e abençoado! Que todo o consumismo do momento consiga trazer a felicidade que o momento pede! Que seja um tempo de paz e muito amor!
Um vídeo legal, para completar.
quarta-feira, 12 de dezembro de 2012
Fui lá e xinguei
Por algum motivo lembrei daquilo.
Aquilo tudo que nem importava mais ser mencionado.
Uma merda ainda ter tudo em mente, mas enfim.
Quando lembrei, senti doer lá no fundo...
No interior do interior, na parte mais sensível e intocável.
Doía tanto que tive que me encolher, tentando sufocar a dor com um aperto.
Gritei silenciosamente por horas.
E consegui a façanha de chorar sem lágrimas. Muitas lágrimas invisíveis.
Que estranho isso! Pensei.
Que lembrança filha da puta! Sussurrei.
Que vá para a puta que a pariu! Gritei audivelmente dessa vez.
Fui lá e xinguei. Xinguei mesmo!
É feio? Foda-se!
“A maldade do palavrão está na cabeça de quem acredita nela.”
Aos pouquinhos tudo foi voltando ao normal.
E encontrei uma distração melhor.
“Dizer palavrões pode ajudar a aliviar a dor – mas apenas em pessoas que não xingam com frequência -, concluíram pesquisadores de uma universidade britânica.”
FONTE: http://www.idadecerta.com.br/blog/?p=15957
domingo, 9 de dezembro de 2012
O amor é cego?
Todos já ouviram a expressão “O amor é cego”, geralmente com o pouquíssimo sentido literal. Acho a expressão totalmente válida, mas gosto de dar uma interpretação mais romântica para ela.
Normalmente dizem que o apaixonar-se é colocar de lado todo o senso crítico e ver, por exemplo, o feio como bonito, as partes ruins como boas e por aí vai. Concordo que em partes é assim, porém o amor vai além do físico e do concreto. Há muita coisa abstrata envolvida.
Não acho que seja uma perda de senso crítico e sim uma valorização de coisas que agradam somadas a uma aceitação carinhosa dos defeitos. Toda a parte bonitinha se tornando bonitona, em uma ênfase sem fim nos detalhes pequenos. E os defeitos acabam por completar o que dá charme ao conjunto da obra.
Não é verdade que quando gostamos de alguém, independente do sentido do verbo, este alguém se torna perfeito pra gente? Então! O conjunto dos defeitos e qualidades daquela pessoa a tornam única. E você gosta dela daquele jeitinho. Você gosta do sorriso torto, do jeito desastrado, do cabelo desgrenhado, daquele cinto brega que ela insiste em usar, da mania feia de roer as unhas, daquele nariz enorme, das pernas finas...
Depois de conquistado, não existirá mais no mundo pessoa igual. Por mais beleza que houver. A sua pessoa é a mais bela!
sábado, 24 de novembro de 2012
Sofrer é perda de tempo!
quinta-feira, 22 de novembro de 2012
Esperam
terça-feira, 13 de novembro de 2012
Gira mundo, gira
segunda-feira, 17 de setembro de 2012
Depois
Depois da presença provocada
segunda-feira, 3 de setembro de 2012
Tirando as próprias conclusões sobre as pessoas
domingo, 19 de agosto de 2012
Não se importe!
É extremamente prazeroso o sentimento de fazer algo com toda vontade, se deixando ser ridículo, sem se importar com o olhar repressor ou palavras alheias. O sentimento que vem do não se importar é uma delícia! Liberdade pura.
Talvez eu seja louco mesmo. Louco ou qualquer coisa parecida. Ou talvez o mundo que seja normal demais. Pois não tenho medo de parecer ridículo. Cometer um excessozinho, uma loucurazinha, arriscar uma dança louca, falar um monte de merda... Eu me divirto.
Julgar, reprimir, criticar, tirar sarro são coisas que sempre fazem, independente se você é a pessoa mais certa do mundo. Então a melhor decisão é mesmo a de não se importar. Quando você não se importa, coisas que incomodariam não incomodam, o que impediria de você se divertir à sua maneira não impede mais. Não existem repressões. Você é o que você quer ser naquele momento, se diverte de verdade e que se dane o resto!
O único problema é que não se importar não é tão fácil. Porém, uma vez que se consegue, a sensação é realmente muito boa.
Deixemos os loucos ridículos serem loucos e ridículos e sejamos loucos e ridículos também!
quinta-feira, 9 de agosto de 2012
Eu não gosto de você.
E sua opinião sobre o que acabei de falar realmente não me importa. É isso. Obrigado!
domingo, 5 de agosto de 2012
Entre olhares
Tudo começou com a vontade de fazer com que um olhar encontrasse o outro. Os dois faziam parte apenas do mundo virtual até que passaram a ansiar pelo olhar-presença, o olhar-respiração, ainda que não houvesse nunca qualquer toque ou algo ligado ao tato. Era uma curiosidade que fora construída aos poucos e que precisava ser saciada em algum momento. Assim, sem muito rodeio, uma das partes procurou, ligou, forçou um pouquinho e, após muitos papos e trocas de elogios soltos, marcaram um encontro. Combinando, antes de tudo, que seria uma coisa rápida e que não haveria, em hipótese alguma, expectativas de qualquer tipo.
Entre tantos outros olhares, finalmente, os seus se encontravam. A correspondência foi instantânea, dispensando palavras e esquecendo inclusive os gestos. Era uma explosão involuntária de sentimentos. Corações acelerados, mãos e pés frios e uma inquietude desconfortável. Acontecia uma tensão magnética ali sem que ninguém chegasse a pensar em fazer algo. Sem que tivessem ao menos se encostado.
Por ainda existir muitas incógnitas sobre suas vidas, uma fração de vergonha em ambos cortava naturalmente - vez ou outra e por curtos momentos - aquela conexão magnética. Os olhares iam para cima, para baixo, para o lado, como em fuga por não entenderem exatamente o que rolava. E se reconectavam, segundos depois. Sorrisos sem graça eram distribuídos após as palavras tímidas que saíam ao arriscar algum assunto. Sem falar nas mãos que procuravam, incansavelmente, um lugar para ficarem paradas.
Mesmo em fuga, os olhares apelavam mais para a sinceridade e a transparência do que qualquer nervosismo. Os olhares sabiam ser bem mais ousados e, combinados aos seus pensamentos, premeditavam diversas ações que as regras de etiqueta não permitiriam em hipótese alguma. Uma coisa que transcendia a moralidade e os bons costumes. Ali, a curiosidade não era finalizada e sim aumentada, em alta frequência. Os detalhes ganhavam exponencialmente um quê de mistério, uma coisa convidativa. E quem disse mesmo que nada podia acontecer?
O local não era apropriado e ambos tinham total ciência, mas nada evitou o inevitável. Não mais se contendo, atracaram-se. Colaram os lábios, entrelaçaram os braços entre os corpos com força e esqueceram-se do mundo por um instante. As sensações foram melhores do que previram, talvez porque expectativa fosse algo desprezado antes e durante aquele momento. Após alguns muitos minutos, os dois voltaram ao chão, entreolharam-se com ternura, trocam sorrisos e foram pegos novamente pelo que sobrava ainda da insistente fração de vergonha. Mas agora eram três coisas sinceras: olhares, sorrisos e beijos.
O que sairia dali nunca seria imaginado ou planejado previamente. Nem era necessário. Ambas as partes tinham curiosidade por mais detalhes suficiente para fazer com que muita coisa ainda acontecesse. E muita coisa aconteceria.
quarta-feira, 25 de julho de 2012
Aquela dor
Doer, sempre dói. Para mudar algo com vontade é necessário fazer sacrifícios. Como disse a Martha Medeiros:
"Quando fazemos uma escolha, qualquer escolha, estamos dizendo sim para um lado e dizendo não para o outro. Então, algum sofrimento sempre vai haver."
Aí vem aquela vontade de correr para não se sabe onde. Vontade de ficar encolhido em uma cama abraçando o travesseiro com toda força. Vem a sensação de ter levado vários socos fortes no estômago. E vem também o sentimento de ter sido feito em pedaços, pequenos e difíceis de juntar.
E você pensa, pensa, pensa... Pensa tanto que não se concentra em mais nada por algum tempo. É a sua dor. É o seu luto. E não importa o quanto te digam que tudo vai melhorar logo, você tem o seu tempo diferente de todos os outros. Como se estivesse marcado em algum cronômetro invisível com o seu nome. Não houve uma receita exata do que fazer. Você misturou um monte delas. De livros, artigos, músicas, conselhos...
Aí um dia, após poucos ou vários outros dias, você percebe que não dói mais. Se esqueceu ou ignorou, não importa! Você deixou de lado aquilo que não te acrescentava. Aquilo que não interessava, que atrasava, que prendia as boas sensações. Aquilo que não somava e nem impulsionava a andar para frente. E o certo mesmo talvez fosse isso: deixar de lado, desapegar-se.
O que era pra continuar sendo, continuaria sendo, independente de pedras ou flores no caminho. Não é? Muitos já parafrasearam isto.
Passado certo tempo, você se levanta e volta a viver normalmente. Aí , após uma novíssima escolha, tudo começa a doer de novo. Talvez, dessa vez, a dor tenha demorado um pouco mais para chegar. Você já tinha aprendido um pouco mais sobre as coisas. Já tinha mais bagagem. Mesmo sabendo, no início, que poderia evitar a dor, você continuou, pois tinha a esperança que acertaria mais. E você acertou bem mais, mas descobriu que há novas situações onde errar. Assim, vivendo, você enfia na cabeça que uma hora sempre vai existir dor. Ou não. Ou você faz questão de esquecer, pois é assim que se faz para voltar a viver.
sexta-feira, 13 de julho de 2012
Perfeição utópica
Quis um dia ser perfeito. Só que não literalmente perfeito, sabe? Empurraram-me, certa vez, a ideia de que perfeição literal não existe. Aceitei numa boa. Aí decidi que queria ser perfeito aos olhos de quem me importava, mesmo com os meus defeitos. Ou, pelo menos, tentaria chegar o mais perto que fosse da perfeição.
Acontece que, como parte de ser humano, vivo errando. Suponho que erro quase todos os dias. Só que, mesmo errando, durmo todas as noites com a consciência limpa e tranquila. Estou certo de que não faço mal a ninguém. Quer dizer, de vez em quando devo magoar alguém sem querer. Já entendi que, inevitavelmente, magoamos e que, também, vivem nos magoando sem intenção. Intenção é a palavra. É ela que faz todo o sentido mudar de lugar. E, no meu caso, de verdade, intenção é algo que falta. Consigo dormir sem culpa. Quase sempre.
No geral, queria ser perfeito no sentido de sempre fazer bem a quem gosto. Sei lá, tenho essa necessidade. É impossível ser perfeito, já sei, mas mantenho o meu querer de tentar ser perfeito por aqueles poucos que valem à pena. Isto está parcialmente ligado com o que me deixa feliz. É até clichê dizer, mas minha felicidade não é completa sem ter com quem compartilhá-la.
Assim, vou errando, magoando, culpando-me, mas tentando ser perfeito ainda que eu nunca seja.
domingo, 1 de julho de 2012
Dúvidas
Dúvidas? Todo mundo tem dúvidas. Nas pequenas ou nas grandes coisas. Nas atitudes, nos sentimentos, nas decisões e na vida em si. É necessário ter dúvidas. Quem não duvida se contenta e nunca questiona. Vive qualquer coisa como se fosse muita coisa. Mas como para tudo na vida, o problema da dúvida está nos exageros. Principalmente quando duvidar é mais fácil que acreditar.
Ainda assim, para muitas coisas, precisamos de certeza. Certeza para saber que a estrada é certa, reta e confiável. Certeza para ceder dedicações e doar-se sem medo.
E a parte mais irônica disso tudo é que para ter certeza, antes, é necessário duvidar.
segunda-feira, 25 de junho de 2012
Conviver
Conviver pacificamente é algo complicado. Ainda mais quando temos que entender e aceitar no outro todas as manias, as birras, as crenças, as crises, os dramas, os podres... Coisas que ninguém escapa de ter. Mesmo sendo muito sincero e transparente você omite boa parte das suas vontades (malvadas) de extravasar para não causar maiores conflitos.
Vontade de xingar uma pessoa que nos desagradou por qualquer motivo é tão comum. É uma vontade que aparece com uma facilidade imensa. Contudo, se fomos bem educados, ficamos calados, pois, normalmente, o motivo do desagrado fora pessoal e nada válido coletivamente. Vem, geralmente, da mania que temos de esperar nos outros comportamentos iguais aos nossos. O que dificilmente acontece. E agir assim, calando-se, não fora algo exatamente ensinado, mas à medida que crescemos, nós acabamos seguindo o tal modelo da boa vizinhança. Educação, né?! Alguns têm.
A família é o primeiro e melhor exemplo. Aceitamos os parentes do jeito que eles são (nem sempre) ou ignoramos suas inconveniências com uma facilidade maior, e vice-versa. Porque se não for assim, tudo complica. E não dá para acabar com os laços sanguíneos. É aquela coisa: “Aceita ou vasa!”.
Conviver com família, na maioria dos casos, é mais fácil, pois fomos sempre condicionados a tolerar muita coisa pela convivência “forçada”. E, de certa forma, faz parte do subconsciente dificultar em acreditar que nossos queridos possuem também seus lados negros. Assim, o aprendizado com a convivência já começa dentro de casa, ainda que exista e persista a vontade de mandar um parente ir tomar naquele lugar.
“Temos mais dificuldade em reconhecer "defeitos" e limitações nos nossos parentes queridos e próximos do que nos outros com quem convivemos. Somos particularmente tolerantes com nossa mãe. Isso acontece mesmo quando elas são egoístas, manipuladoras e autoritárias.” (Flávio Gikovate, via twitter @Flávio_Gikovate).
Educação, nas diversas situações de convivência, não precisa ter necessariamente ligação com o gostar. Espera-se que você aja educadamente mesmo não gostando. Pelo menos foi assim que eu aprendi. Por exemplo, você não entende uma crise de mau humor de um colega de trabalho e se irrita com ele, porém, para evitar constrangimentos maiores, você ignora e segue sua rotina. Pode até ser um desafio de paciência, todavia é um comportamento necessário, principalmente para viver bem entre as pessoas.
Fato que é prazeroso, às vezes, “soltar os cachorros” em algumas criaturas. Existe quem merece, claro! Mas imagine o mundo com pessoas fazendo o mesmo com você o tempo todo, em todo lugar. Seria muito desagradável.
Sempre bom lembrar que o inverso também ocorre. Nossos comportamentos também irritam as pessoas e, quase sempre, elas omitem suas opiniões para evitar discussões desnecessárias. E não é uma questão de faltar com sinceridade, mas ter empatia também na parte podre de cada um.
“Como melhoram as pessoas depois de passarmos a gostar delas!” (Grayon)
domingo, 17 de junho de 2012
Hipocrisia
hipocrisia
hi.po.cri.si.a
sf (gr hypókrisis+ia1) Manifestação de fingidas virtudes, sentimentos bons, devoção religiosa, compaixão etc.; fingimento, falsidade.
“Se uma leve camada de hipocrisia não cobrisse o apodrecido tronco da nossa moderna civilização, que horrendo espetáculo não se depararia à nossa vista!” (Paolo Mantegazza)
“A hipocrisia é a fuga mais comum daquele que não tem coragem de ser ele mesmo, o que o leva a sufocar seus medos e frustrações no preconceito para com o outro.” (Elis Raik Miranda de Carvalho)
domingo, 10 de junho de 2012
Prioridades e perdas
Há coisas demais para se dedicar... A parte ruim é perceber que no meio das dedicações há sempre muita coisa ao redor ficando esquecida.
Tantas coisas, tantas pessoas, tanta família, tanto trabalho, tantos estudos, tantos detalhes, tanto tudo... Nas tentativas de acertar sempre, vamos priorizando, priorizando e priorizando e quando percebemos, meio a tanta prioridade, esquecemo-nos de muitas coisas importantes.
Dizem que quando são coisas realmente importantes não chegamos nunca a esquecer. Será mesmo? Eu já acho que, normalmente, são das coisas mais importantes que deixamos de dar a devida atenção ao focar algum objetivo ou curtir uma fase da vida. Agarramo-nos à ideia de que o que é importante já tem tal classificação e pronto. Que não há a necessidade de cuidados nem nada do tipo. Além de acreditarmos na suposta compreensão alheia.
Para algumas situações, de fato, o nosso “descaso” acaba sendo irrelevante. Família, por exemplo, dificilmente te abandona porque você não a procurou durante certo tempo. Ela sempre estará lá. Contudo, há aquilo que sempre necessita de cuidados. Alguns amigos são um exemplo.
O problema maior é que o involuntário é cruel e não perdoa. Ele pode aparecer nesses momentos de priorização e nos faz perder coisas, pessoas, momentos, alegrias... Uma depreciação daquilo já conquistado. E vamos perdendo sem notar e lamentando no meio do caminho. Eu, particularmente, fico triste quando percebo que perdi a convivência com pessoas queridas e que não há nada a fazer para recuperar.
É um pouco chato pensar nisso, porém é algo que acontece na vida de qualquer pessoa. A vida é um ciclo constante de perdas e ganhos. Ao mesmo tempo em que perdemos tanto, também ganhamos tanto. E assim a vida vai seguindo seu curso.
"Amadurecer talvez seja descobrir que sofrer algumas perdas é inevitável, mas que não precisamos nos agarrar à dor para justificar nossa existência."
(Martha Medeiros)
“Que eu saiba puxar lá do fundo do baú um jeito de sorrir pros nãos da vida. Que as perdas sejam medidas em milímetros e que todo ganho não possa ser medido por fita métrica, nem contado em reais. Que as relações criadas sejam honestamente mantidas e seladas com abraços longos. Que eu possa também abrir espaço pra cultivar a todo instante as sementes do bem e da felicidade de quem não importa quem seja, ou do mal que tenha feito pra mim. Que a vida me ensine a amar cada vez mais de um jeito mais leve. Que o respeito comigo mesmo seja sempre obedecido com a paz de quem esta se encontrando e se conhecendo com um coração maior. Um encontro com a paz e o desejo de viver.”
(Caio Fernando Abreu)
segunda-feira, 7 de maio de 2012
Quem nunca?
De vez em quando a gente se empolga com um pouquinho de atenção ganha e constrói, na cabeça, um longa metragem com final feliz.
A atenção chega justamente no momento em que mais se esperava por uma mão estendida. Aí, é como se uma simples piscada de olho se tornasse um convite para uma saída romântica ou como se um “eu gosto de você” se tornasse um “eu te amo” instalado em um outdoor com letras em neon.
Na doce realidade, a atenção não passava de educação ou até era mesmo atenção, só que uma atenção amigável carregada de sutileza. Nada para se desfalecer, sonhar ou planejar o futuro.
A mente humana é cheia de astúcia. Dê espaço demais para o seu pensamento para ver a beleza que vai ser!
sábado, 28 de abril de 2012
Dependente
– Eu te amo!
(Silêncio)
- Eu te amo!
(Silêncio)
- Eu te amo!
(Sons de grilos)
- Ahhhhhhhhhhhhhhh...
Eu amo mesmo e agora? Vou ouvir música!
segunda-feira, 16 de abril de 2012
Mente aberta
Estava refletindo o quanto ter uma mente aberta torna tudo mais fácil, em diversos sentidos.
Eu poderia viver generalizando, criticando tudo e todos, julgando as pessoas por seus gostos exóticos, maldizendo suas maneiras não convencionais de resolver as coisas ou desgostando de algo sem nem conhecer, mas ganhando o que com isso? Ganhando um monte de inimizades gratuitas ou um monte de discussões infundadas ou vivendo estagnado no meu mundinho infeliz. Provavelmente viveria odiando o universo inteiro.
Todo ser, estranho ou não, cresce rodeado de conceitos por todos os lados. Aprende em casa, na escola, na rua. Certo e errado, errado e certo. Um dia descobre que pode ter opinião e que isso é uma coisa bastante válida. E, a partir da convivência com milhões de pessoas, percebe que o mundo é cheio de outras opiniões. Opiniões moldadas, entre outras coisas, pelos gostos individuais das pessoas. Também descobre que as próprias opiniões podem se chocar com as opiniões alheias. Assim, muitas vezes deste choque, ou nasce um debate infinito e desagradável ou cada parte respeita que nem sempre a própria opinião prevalecerá (um exemplo).
Indigna, por vezes, ver pessoas querendo impor a própria opinião ou a opinião de um grupo específico como única e absoluta. Quase sempre, sem nem sequer ter a curiosidade de ver como o outro lado funciona. É muito injusto! Todas as pessoas têm o direito de ser o que quiser ou gostar do que quiser. Basta que não prejudiquem ninguém.
Atrevo-me a dizer que ter a mente aberta não seja aceitar e concordar com tudo que existe, mas sim evitar julgamentos descabidos e desviar-se ao máximo do preconceito. Este, que o nosso lindo dicionário define como “1 - Conceito ou opinião formados antes de ter os conhecimentos adequados. 2 - Opinião ou sentimento desfavorável, concebido antecipadamente ou independente de experiência ou razão.”
É importante ter ciência de que é imensa a diversidade de pessoas, coisas, gostos, culturas, tradições, religiões e por aí vai. Para tudo (todos) existirá alguém quem aprecie aquilo. Sempre! Sempre haverá quem gosta de tudo preto, quem escuta Restart, quem gosta de gordinhos, quem se depila, quem nunca corta o cabelo, quem faz tatuagem no corpo todo, quem usa sempre roupa social, quem usa lentes coloridas, quem chora com tudo... E ter a mente aberta é respeitar as individualidades loucas, ainda que nunca se faça igual. É ser flexível, eximir-se de conservadorismos, é estar aberto a novas ideias e conceitos. É facilitar a convivência.
Abrir a mente não é pedir demais. Quem sabe assim o mundo não evoluiria mais rápido.
“A mente que se abre a uma nova ideia jamais voltará ao seu tamanho original.” (Albert Einstein)
“...When you lose small mind, you free your life.” (System of a Down)
segunda-feira, 9 de abril de 2012
Minha roseira
Certo dia resolvi plantar uma semente. Eu estava completamente animado. Era a primeira vez que plantava algo. Uma mudinha tímida começou a nascer alguns dias depois. Tão linda que eu não conseguia parar de elogiá-la. Era a mudinha mais linda da galáxia. Cuidei dela com tanto carinho, mesmo sem saber como fazer. Fui fazendo o que achava que era certo. Eu estava preocupado demais com o que as pessoas iam falar de mim naquela situação. Errei. O centro das atenções devia ter sido a mudinha que não parava de crescer. Cada dia ela crescia mais. Depois de um mês eu podia dizer que a amava. Depois de mais alguns dias ela parecia me entender. De uma hora para outra cresceu tanto que virou uma planta majestosa. Fiquei tão orgulhoso. E para melhorar um botão de rosa apareceu. Foi ai que eu descobri que se tratava de uma roseira. Mais três botões apareceram. Tornaram-se rosas vermelhas. Gigantes. Chegou um dia que eu fiquei tão seguro de mim que achei que minha roseira não precisasse mais de tanto cuidado. Ela já tinha crescido, se tornado uma linda roseira e haviam nascido rosas tão lindas. Errei de novo. Uma das rosas murchou e caiu. Chorei tanto. Voltei a cuidar, mas mesmo assim outra rosa caiu. Chorei de novo mais uma vez. Para piorar uma delas foi roubada. Encontrei o ladrão e a consegui de volta. Era muito importante pra mim. Só havia sobrado uma rosa, mas a roseira não parecia mais ser minha. Tentei redobrar o cuidado, mas as coisas não mudaram. Arranquei o último botão e dei espaço para roseira tentar se recuperar. Aparentemente era isso que ela queria. Eu não soube interpretar seus sinais e errei mais uma vez. A roseira foi perdendo suas folhas pouco a pouco. Tentei mais uma vez e mais vez, mas meus cuidados nada adiantaram. As folhas caíram todas. Os galhos e o caule perderam o verde e eu não consegui trazê-la de volta pra mim. Errei demais. Tive a esperança que na primavera ela voltasse a ser linda e majestosa, mas acho que isso acontecerá apenas se alguém com um cuidado melhor que o meu aparecer. Apesar de eu ter aprendido bastante, minha roseira deixou de ser minha.
Considerações:
- Texto de 2007.
- Apesar dos espinhos e do trabalho com os cuidados, a beleza das rosas compensam quaisquer esforços.
quinta-feira, 5 de abril de 2012
Uns e outros
sábado, 31 de março de 2012
Egoísta
Hoje eu não quero ser responsável.
Não quero ser organizado.
Não quero ser educado.
Não quero ser prestativo e nem atencioso.
Não quero ser bem humorado.
Não quero ter que resolver problemas.
Não quero escutar desabafos ou ceder conselhos.
Não quero nada que não seja meu.
Hoje meu colo está fechado para balanço.
Meus ouvidos só recebem música e elogios.
Minha fala emudeceu-se.
Meus braços estão atados. Só abrem para abraços bem dados.
E minhas pernas estão presas ao chão.
Se quiserem que eu ande, que me carreguem!
Hoje eu quero falar palavrão.
Quero reclamar de tudo e de todos, ainda que para ninguém ouvir.
Quero bagunçar o meu quarto, sabendo que arrumarei amanhã.
Quero usar qualquer roupa e não pentear o cabelo.
Quero ser chato e exigente.
Quero ser egoísta e não me preocupar com nada.
Hoje eu não quero cuidar de ninguém!
Quero é que cuidem de mim.
E só!
terça-feira, 20 de março de 2012
O gostar
Gostar sinceramente de alguém é algo muito nobre. Não me refiro ao gostar unicamente dos casais, mas o gostar de ter carinho, ter apreço pelas pessoas do convívio geral. Má vontade é algo que desaparece e não há obstáculos grandes o bastante para atrapalhar o querer bem. É uma vontade constante de fazer bem e querer bem. Uma vontade de agradar, de ser prestativo, de elogiar, de admirar e apoiar. De largar qualquer coisa e ir se doar sem que, naquele momento, haja uma pontinha de necessidade de ser reconhecido. Aquela coisa completamente gratuita, sabe? É muito bonito isso. E também é muito agradável senti-lo.
segunda-feira, 12 de março de 2012
Português
O português é uma língua rica, cheia de detalhes, de regras e características que a torna uma das mais complexas do mundo. São necessários anos de estudo, leitura e prática até conseguir boa proficiência e, mesmo assim, nunca beirando a perfeição. Porém, parece que o básico vem sendo deixado de lado. O básico mesmo! Andam errando muito nas coisas mais simples. Com a popularização das redes sociais é possível observar, com maior alcance, como anda a escrita do brasileiro, já que muitas coisas são publicadas diariamente e o tempo todo. É triste ver tanto erro.
Obs.: Também sou escravo dos erros. Caso os veja, pode apontá-los! Tenho o propósito de sempre melhorar.Alguns erros comuns:
Concerteza – O certo é "com certeza". É incrível como as pessoas insistem em escrever "concerteza", tudo junto. São duas palavras, formando uma expressão que significa "sem dúvidas", "certamente", "é claro", "é lógico".
Agente/ a gente - Quando possui função de pronome, substituindo de modo informal a palavra "nós", o certo é escrever as palavras separadamente (a gente). Lembrando que a conjugação do verbo é na 3ª pessoa do singular.
Ex.: A gente gosta de cantar.
Agente: Que age, que exerce alguma ação; que produz algum efeito. S. m. e f. 1. Tudo aquilo que age, que atua, produzindo um efeito. 2. Pessoa encarregada da direção de uma agência; agenciador. 3. Gram. Ser que realiza a ação expressa pelo verbo. 4. Filos. O princípio ou o sujeito de uma ação. 5. Dir. Pessoa que executa qualquer ato jurídico ou por ele é responsável. 6. Med. Qualquer força, princípio ou substância capaz de agir sobre o organismo, quer de modo curativo quer de modo mórbido.
Nada haver - O certo é "nada a ver", dando a ideia de nada semelhante, nada parecido, sem fatos em comum.
Ex.: Aquele livro não tem nada a ver comigo.Mas/mais –
Mas: conjunção adversativa, equivale a porém, contudo, entretanto:
Ex.: A felicidade voa tão leve, mas tem a vida breve.
Mais: pronome ou advérbio de intensidade, opõe-se a menos:
Ex.: Este é o curso mais caro da faculdade.Mal/mau –
Mal: advérbio (opõe-se a bem), como substantivo indica doença, algo prejudicial:
Ex: Sua aula foi mal preparada. (advérbio)
Ex: A criança sofre desse mal há dois anos. (substantivo)
Mau: adjetivo (ruim, de má qualidade)
Ex: Tive um mau presságio hoje.Afim/a fim -
Afim: adjetivo que indica igual, semelhante.
Ex: Tínhamos idéias afins.
A fim: indica finalidade:
Ex: Vesti-me a fim de ir ao cinema.Demais/ de mais –
Demais: advérbio de intensidade, sentido de “muito”.
Ex: Você é linda demais.
Demais também pode ser pronome indefinido, sentido de “os outros”.
Ex: O papa rezava enquanto os demais dormiam.
De mais: opõe-se a de menos.
Ex: Não vejo nada de mais em sua atitude.Menas - O certo é "menos". Trata-se de um advérbio de intensidade, portanto é invariável.
Ex.: Por favor, coloque menos água no copo.Pra ‘mim’ fazer - Mim não faz, porque não pode ser sujeito. Assim: Para eu fazer, para eu dizer, para eu trazer.
O ingresso é “gratuÍto” - A pronúncia correta é gratúito, assim como circúito, intúito e fortúito (o acento não existe e só indica a letra tônica).
Eles “tem” razão - No plural, têm é assim, com acento. Tem é a forma do singular. O mesmo ocorre com vem e vêm e põe e põem: Ele tem, eles têm; ele vem, eles vêm; ele põe, eles põem.
Ela “estar” bem. – O certo seria “Ela está bem”. O verbo “estar” está no infinitivo, ou seja, não foi conjugado.
Fontes:
terça-feira, 6 de março de 2012
Afinidade
Aquelas pessoas ali eram desconhecidas apenas pela falta de oportunidade de um encontro anterior. Já que, a partir de uma primeira troca de palavras, ou mesmo de mudez, a afinidade tornou evidente a presença de uma familiaridade ímpar e uma naturalidade enorme para se falar de coisas íntimas sem a mínima objeção.
Após pouco tempo de conversa, era perceptível que o papo iniciado espontaneamente ou por inciativa, poderia ser estendido pelo tempo que fosse possível, sem nunca acabar. Por mais que houvesse divergências e influências do gosto individual, tudo permanecia extremamente agradável. Nem mesmo o silêncio incomodava. Não existiam cobranças e o assunto poderia ressurgir sem empecilhos. As superficialidades eram facilmente derrubadas e rapidamente a intimidade era construída. Havia total intimidade.
sexta-feira, 2 de março de 2012
Um quase reencontro
quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012
Procurando o amor?
Resposta a um amigo que disse algo descrente sobre o amor:
O segredo talvez seja não procurar o amor. Quando você procura, corre o risco de não encontrar ou achar que o encontrou. Aí você deposita todas as expectativas ali e sofre porque acabou sendo algo apenas pra suprir uma necessidade de ter alguém. O amor nasce e cresce sem a mão de ninguém. Basta dar oportunidade e estar disponível. Quando é pra ser correspondido você será sem que peça para ser ou sem que faça qualquer coisa por isso…
“Não adianta muito você se enfeitar todo pra uma pessoa gostar mais de você. Porque, se ela gostar, vai gostar de qualquer jeito.”
— Caio Fernando Abreu
E uma música linda para completar o post…
domingo, 12 de fevereiro de 2012
Envelhecer
Mais um ano de vida, mais uma primavera, mais um aniversário. Como muitos costumam dizer, mais experiência. Acho que no fundo ninguém realmente gosta de envelhecer. Tirando os adolescentes e as crianças que em algum momento de loucas ideias querem ter 18 anos achando que imediatamente poderão fazer qualquer coisa na vida. Contudo, no geral, bate sempre aquela pontinha de tristeza por estar ficando mais velho.
Em um dia, você está no auge da sua juventude. Curtindo tudo que aparece pela frente e achando que nada no mundo nunca vai te atingir. Você se sente superpoderoso e invencível. Vive, vive e vive, conquista muitas coisas na vida e, de repente, começam os involuntários sinais... Menos cabelo, cabelo branco, rugas e sinais de expressão que surgiram não se sabe de onde, o que era duro ficando mole (não pensem besteira! rs.), barriga crescendo, bunda caindo, a saúde ficando cada vez mais debilitada… Antes você bebia quase um oceano inteiro de álcool, agora toma uma garrafinha de vodka e está morrendo. Dançava a noite inteira e ainda queria mais. Agora arrisca uns passinhos de uma única música e no outro dia mal consegue se mexer. O pique para festas deixando de ser o mesmo e a casa começando a ser o melhor lugar para curtir uma folga ou o melhor lugar para estar a qualquer hora. Novos programas e novas atitudes diante das coisas simples da vida surgem gradativamente. E detalhes antes insignificantes ganhando espaço…
Já vi muitas pessoas sofrerem e lamentarem desse “mal”. Ninguém escapa né? Por um lado são aceitáveis as lamentações e tristezas, mas não significa que o envelhecer seja algo unicamente triste e ruim. Ainda mais se você soube aproveitar bastante o que a vida lhe proporcionou. Se você foi atrás do que quer que seja e viveu. No fim, as coisas vão apenas ganhando outra perspectiva e cada um reaprende sobre o que traz felicidade e o que se tornou importante e essencial.
No meu caso, se eu sempre tiver conforto e tiver por perto as pessoas que amo, vou envelhecer feliz. Mesmo porque estarão todos envelhecendo junto comigo.
E feliz aniversário pra mim! rs.
quarta-feira, 18 de janeiro de 2012
Divagando
quarta-feira, 11 de janeiro de 2012
Conversa rápida
quinta-feira, 5 de janeiro de 2012
Sou(L)
Sou aquilo que vês.
Aquilo que a sociedade acha que permite.
Aquilo que os olhos analisam e nem sempre alcançam.
Aquilo que só eu sei ou só você poderia saber.
Sou o filho, o neto, o sobrinho, o irmão, o amigo, o amante...
A criança que cresceu.
O adolescente virando adulto.
O mais velho com cara de menino.
O maduro brincalhão.
No fundo sou muito mais que qualquer predefinição
Vou muito além das vãs proposições.
Faço mais do que poderia.
E posso ainda mais. Tanto que nem eu sei.
Se frio estou, é porque o meu redor me gela.
Se morno, porque um pouco eu já conheci.
Se quente, é porque não tenho mais medos.
Mas se merecem, ainda pego fogo.
Se não, eu fujo!