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segunda-feira, 16 de abril de 2012

Mente aberta

Estava refletindo o quanto ter uma mente aberta torna tudo mais fácil, em diversos sentidos.

Eu poderia viver generalizando, criticando tudo e todos, julgando as pessoas por seus gostos exóticos, maldizendo suas maneiras não convencionais de resolver as coisas ou desgostando de algo sem nem conhecer, mas ganhando o que com isso? Ganhando um monte de inimizades gratuitas ou um monte de discussões infundadas ou vivendo estagnado no meu mundinho infeliz. Provavelmente viveria odiando o universo inteiro.

Todo ser, estranho ou não, cresce rodeado de conceitos por todos os lados. Aprende em casa, na escola, na rua. Certo e errado, errado e certo. Um dia descobre que pode ter opinião e que isso é uma coisa bastante válida. E, a partir da convivência com milhões de pessoas, percebe que o mundo é cheio de outras opiniões. Opiniões moldadas, entre outras coisas, pelos gostos individuais das pessoas. Também descobre que as próprias opiniões podem se chocar com as opiniões alheias. Assim, muitas vezes deste choque, ou nasce um debate infinito e desagradável ou cada parte respeita que nem sempre a própria opinião prevalecerá (um exemplo).

Indigna, por vezes, ver pessoas querendo impor a própria opinião ou a opinião de um grupo específico como única e absoluta. Quase sempre, sem nem sequer ter a curiosidade de ver como o outro lado funciona. É muito injusto! Todas as pessoas têm o direito de ser o que quiser ou gostar do que quiser. Basta que não prejudiquem ninguém.

Atrevo-me a dizer que ter a mente aberta não seja aceitar e concordar com tudo que existe, mas sim evitar julgamentos descabidos e desviar-se ao máximo do preconceito. Este, que o nosso lindo dicionário define como “1 - Conceito ou opinião formados antes de ter os conhecimentos adequados. 2 - Opinião ou sentimento desfavorável, concebido antecipadamente ou independente de experiência ou razão.”

É importante ter ciência de que é imensa a diversidade de pessoas, coisas, gostos, culturas, tradições, religiões e por aí vai. Para tudo (todos) existirá alguém quem aprecie aquilo. Sempre! Sempre haverá quem gosta de tudo preto, quem escuta Restart, quem gosta de gordinhos, quem se depila, quem nunca corta o cabelo, quem faz tatuagem no corpo todo, quem usa sempre roupa social, quem usa lentes coloridas, quem chora com tudo... E ter a mente aberta é respeitar as individualidades loucas, ainda que nunca se faça igual. É ser flexível, eximir-se de conservadorismos, é estar aberto a novas ideias e conceitos. É facilitar a convivência.

Abrir a mente não é pedir demais. Quem sabe assim o mundo não evoluiria mais rápido.

“A mente que se abre a uma nova ideia jamais voltará ao seu tamanho original.” (Albert Einstein)

“...When you lose small mind, you free your life.” (System of a Down)

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