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sábado, 28 de abril de 2012

Dependente




Eu estava ali neutro no meu mundo, apreciando aquele nada tão agradável e, de repente, bum! Sem pedir permissão, veio um transbordamento de sentimento de dentro para fora. Uma vontade gigantesca de dizer palavras bonitinhas e idiotas e de me expressar até esgotar a sensatez. Ser romântico e coisas do tipo.

Eu que sempre fui sensato e reservado. Sentimentos apenas com o travesseiro e olhe lá! Agora era diferente. As palavras queriam sair da minha boca a qualquer custo e serem ouvidas. Não por todos. Ok, talvez por todos, mas por hora, só por você mesmo. Que poder é esse que você tem? Explica!

Não gosto de dependência emocional. Ou melhor, nunca entendi exatamente o que é depender emocionalmente de alguém. Eu sempre fugi. É dependência sim! Chamo o gostar do que eu quiser! Sinto-me dependente. Estou dependente. Ô, céus! E você aí sem fazer absolutamente nada. Você me olha e eu te quero. Tão assim. Por quê?

– Eu te amo!
(Silêncio)
- Eu te amo!
(Silêncio)
- Eu te amo!
(Sons de grilos)
- Ahhhhhhhhhhhhhhh...

Eu amo mesmo e agora? Vou ouvir música!

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