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sábado, 31 de dezembro de 2011

Ano Novo

Último dia do ano. Momento formidável para reflexões. O passado vai ficando no passado e começam a surgir os desejos, sonhos, planos, metas (...) para o ano seguinte. Também é o momento que naturalmente lembramos dos acontecimentos, percebendo que coisas ruins foram superadas e ao mesmo tempo as coisas boas nos deixaram saudade.
 
O que dizer do ano que termina? Será que foi tão ruim quanto várias pessoas disseram? Nunca é bom generalizar, pois certamente haverá quem diga que foi um ano bom. Então, melhor evidenciar ao máximo os bons momentos e enxergar um aprendizado vindo das situações ruins. Esta talvez seja uma das ideias clichês mais válidas.
 
Tenho absoluta certeza que durante o ano você chorou, riu, amou, se apaixonou mesmo que por segundos, levou ou deu um fora, foi a algum lugar nunca ido antes, comeu ou bebeu algo com prazer, dançou sozinho ou acompanhado, cantou para que ouvissem ou cantou para si, escutou uma música mais de uma vez, se desentendeu com alguém, falou mal dos outros, reclamou, teve raiva, teve pena, sentiu dor, conheceu alguém, adoeceu, assistiu algum filme ou vários, dormiu muito ou dormiu pouco, abraçou e foi abraçado, desabafou, mudou alguma coisa no visual, ganhou ou comprou roupas, fez alguma coisa escondido, admirou alguma paisagem, xingou a vida, praguejou o mundo, se arrependeu, errou, foi humano. Coisas de humano, sabe?
 
Neste novo ano você fará basicamente as mesmas coisas, talvez menos ou mais, com mais ou menos intensidade. Se tanta coisa pode mudar em poucos segundos, imagine em um ano inteiro.
 
Então, mesmo que não seja fácil aproveite ao máximo tudo aquilo que te traz felicidade. Agarre as oportunidades! Seja intenso! Não tenha vergonha de sentir! Todo mundo sente. Ame, mas ame muito e sem medo. Se sentir vontade, elogie. Elogios sinceros trazem uma felicidade momentânea. Tente sempre ser simpático, pois simpatia atrai pessoas e te tornam alguém querido. Sorria sempre! O sorriso tem um poder imenso e pouca gente sabe disso. Abrace muito! O abraço conforta, aquece e felicita. Sempre faça amigos e preze por eles! Seja impulsivo de vez em quando! Às vezes por pensar demais deixamos de fazer muito do que gostaríamos. Não apenas deseje, mas faça com que se concretize. Tome banho de chuva. Ligue o som bem alto e dance sozinho ou puxe alguém para dançar com você. Fique bêbado, pelo menos uma vez e tome um porre. Não vai te matar. Se ficar sozinho em casa, ande pelado e sinta-se livre. Quer chorar? Chore! Quer gritar? Grite! Fuja da dieta pela menos um dia. Sinta prazer. Xingue! Xingar de vez quando é libertador. Beije sempre que puder. Faça muito sexo, protegido! Cuide-se mais! Mude o visual! Ame-se! Permita-se! Seja feliz!
 
Depois de todo este “clicheísmo”, Feliz Ano Novo! Que seja um ano melhor em todos os aspectos e que a felicidade seja plena.
 
Agradeço a todos que sempre acompanham e divulgam o blog. Ele não seria nada sem vocês. E que no próximo ano haja mais inspiração e minhas palavras alcancem ainda mais pessoas.
 
Beijos e abraços!

Erick Caldeira

terça-feira, 27 de dezembro de 2011

Elas falam mal!

Um dia cheguei a acreditar que as pessoas que nos amam e que estão ao nosso lado o tempo todo, nunca, mas NUNCA, chegassem a falar mal ou apenas falar da gente pelas costas. Ingenuidade, inocência, burrice, sabe-se lá! As coisas demoraram a ficar evidentes que não eram bem a perfeição que eu acreditava, até que meu mundo desabou por um curto momento. Exagero meu, talvez.

O fato é que elas discutem, sim, a nossa vida, criticam nossos defeitos, reclamam de coisas que fizemos ou deixamos de fazer, nos xingam e assim por diante. E não é falsidade, ódio reprimido ou vontade de nos modificar. Podem até chegar para mostrar os pontos que podemos melhorar, mas há aquilo que realmente não precisa ser verbalizado. Certas coisas não devem ser ditas. Não valem à pena! É possível cuidar de longe e sem demonstrar (o que, muitas vezes, é o melhor a se fazer).

Somos seres humanos imperfeitos, para não dizer cheio de defeitos. E quem nos ama, nos ama do jeito que somos. Isso não significa que amarão cada detalhe, cada mania e cada atitude nossa. Apenas aprenderam a conviver e aceitar toda nossa merda.

Acho que a beleza das relações sociais é esse aprendizado constante do convívio com outras pessoas, ainda que muitas vezes não seja algo fácil. No final, todos juntam os detalhes em comum, fazem uma sopa e curtem os bons momentos. Assim vivemos.

quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

À mercê do tempo

Derreti-me no seu beijo
Desmontei-me em seu abraço
Adormeci em um cafuné
Fui acordado com uma lambida
Empolguei-me com uma mordida
Apossei-me do seu colo
Perdi-me no seu olhar
Concentrei-me em seu sorriso
Viajei no seu perfume
Esqueci-me do resto
Resto? Que resto?

A hora passou despercebida. Muitas horas.
E você teve que ir embora.
Tempo cruel! Tempo invejoso!

 

“Será que o tempo tem tempo pra amar ou só me quer tão só?” (Móveis Coloniais de Acajú)

sábado, 10 de dezembro de 2011

Lamentos de um não-correspondido


Já vi tanta gente passando por isso... Contudo, bom lembrar que sofrimento também tem fim.



Quisera eu ter toda culpa do mundo pelo que sinto. E no final bastasse ter todo o poder para deixar o sentimento de lado. Pois não o quero! Não queria senti-lo. Mas não é bem assim. É tudo involuntário demais. E posso estar sempre interpretando errado, ou não. Sei lá!

Quando meus olhos encontram os seus parece que uma ligação magnética acontece instantaneamente. Há um brilho diferente, um sentimento que parece ficar sempre reprimido de ambos os lados. E eu não quero mais olhar nos seus olhos. Tenho medo. Não quero te abraçar, porque seu cheiro me faz querer abraçar mais forte e querer ficar deitado no seu ombro. Não quero conversar com você, pois sei que o nosso papo combina tanto que ficaríamos horas conversando e depois eu sairia com a dor da saudade.

Eu não te tenho mais ao meu alcance do jeito que eu gostaria e sei que não devo tentar te alcançar nunca mais. Seria absurdo e errado depois de ter aceitado o fim e ficado calado no meu mundo. E mais errado ainda pelos acontecimentos posteriores. Mas que culpa eu tenho de estar assim? Eu não decidi nada. Tive que aceitar calado e concordar, porque reciprocidade não se cobra.

E talvez o motivo dessa coisa chata e demorada seja porque eu nunca entendi bem o que realmente aconteceu. Já me culpei de todas as maneiras tentando encontrar o motivo certo e ao mesmo tempo inventei na minha cabeça histórias absurdas sobre você para tentar te odiar. Porém minha admiração não mudou.

E você quis continuar parte da minha vida, mas não podia ser. Ainda não pode. Quem sabe um dia.

segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

Mundo intocável

Por mais que haja convivência e por mais transparente que uma pessoa seja, nunca será possível conhece-la em sua totalidade. Sob a superfície de cada um, existe um mundo intocável, inalcançável.

Saber tudo sobre alguém por meio de poucas horas por dia ou mesmo convivendo mais que diariamente é impossível. Nem sobre nossos pais chegamos a ter conhecimento de tudo.

‘Tudo’ é realmente coisa demais. Apenas a própria pessoa tem ciência absoluta sobre sua vida. A vida particular da cada um vai muito além dos olhos alheios, das emoções demonstradas e das ações. Todos têm pensamentos, segredos, sonhos, memórias e desejos nunca revelados, por mais que vivam contando muitos detalhes da própria vida.

Jogando o assunto para outro lado da história, fico observando como as pessoas são diferentes em todos os sentidos possíveis. Para uma mesma situação pode haver milhões de comportamentos/reações e, ainda que a criação tenha sido basicamente a mesma, não existem atitudes exatamente iguais. Pessoas que, por exemplo, procuram o tempo todo satisfazer os próprios desejos, mas vivem atentas a não prejudicar ninguém e de outro lado aquelas que não têm a mínima preocupação se o outro está sofrendo. Ironicamente engraçado como pode ser a cabeça do ser humano.

Li, certa vez, que ninguém é totalmente bom ou totalmente ruim. Gosto de acreditar nisso, porém o equilíbrio desse conceito não foi tão bem elaborado. Sempre me pergunto até onde devam ir as boas ações de uma pessoa. Enquanto alguns sofrem com a intensidade da própria empatia, há quem derruba os outros como se fossem meras peças de xadrez.

Psicólogos, psiquiatras e estudiosos da mente humana podem até analisar e procurar teorias que se adequem melhor ao porquê das ações individuais, mas ninguém ainda descobriu como ler o pensamento de uma pessoa. E o fato é que lá no âmago do ser sempre existem coisas nunca libertas e que provavelmente nunca serão. E que talvez seja até melhor nunca serem.