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quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

Maldito verbo “relevar”

Pelo que parece, o uso do verbo “relevar” tem ganhado espaço no vocabulário das pessoas. Será que virou gíria? Sem resposta. Sei que eu impliquei totalmente com ele. É um verbo dúbio e, na minha opinião, irritante.
“Amigo, releva! Deixa pra lá!”
Na minha cabeça, desde que me entendo por gente, relevar significa dar importância, levar em consideração. E assim, a frase acima teria o sentido trocado. Pois bem! Lá fui eu recorrer ao velho amigo dicionário e olha o que encontro:
relevar
re.le.var1
(lat relevare) vtd 1 Dar relevo a; fazer sobressair; pôr em relevo; tornar saliente: Relevar méritos, virtudes. vpr 2 Tornar-se saliente; distinguir-se, sobressair: Relevaram-se as diretrizes da política do novo presidente. Relevou-se dentre os seus pares. Releva-se em diversos ramos do saber. vtd 3 Desculpar, dispensar, perdoar: Relevei-lhe todas as faltas. vtd4 Consentir, permitir: "Uma de indústria cai e já releva... que sobre ela empecendo também caia quem a seguiu pela arenosa praia" (Luís de Camões). vtd 5 Aliviar, consolar: "Relevar a dor a alguém" (Morais). vti e vint 6 Ser conveniente, ser necessário; importar, interessar: Releva ao chefe dar exemplo aos subordinados. Releva obedecer primeiramente à consciência.
Como e por que o mesmo verbo consegue ter um sentido e um sentido oposto? Ao mesmo tempo significar importar-se e ao mesmo tempo significar aliviar?
Vou no dicionário novamente e procuro por relevante e irrelevante e olha só:
relevantere.le.van.te
adj m+f (lat relevante) 1 Que releva ou fica em relevo. 2Importante, saliente. 3 De grande monta ou valor. 4Indulgente, condescendente. sm p us Aquilo que é preciso; o indispensável.
irrelevanteir.re.le.van.te
adj (i2+relevante) Sem relevo; de pouca importância
Ah, vai tomar naquele lugar! Sério! Tomei birra dele e toda vez que alguém diz pra eu relevar alguma coisa, dá vontade de xingar e dar fim à existência desse maldito.
Verbo feio! Seria melhor que não fosse usado. Use o verbo ignorar, porra! Um dia faço campanha. rs.

segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Ciúme

Após um leve mau humor, comecei a sentir um aperto no peito. Minha mandíbula contraía involuntariamente. E a impaciência tomou o meu sossego. Comecei a andar de um lado para outro ao mesmo tempo em que praguejava o pobre coitado do mundo, que nenhuma culpa tinha. Fiquei agoniado e finalmente dei-me conta que não entedia toda aquela fúria repentina. Resolvi retroceder os fatos, um após o outro, em busca de uma explicação. A mais plausível que encaixasse. Por conseguinte veio a ideia de ciúme. Sim, era ciúme. Eu que mal sabia descrevê-lo. Melhor, nunca havia tentado descrevê-lo. Maldito ciúme! Incoveniente e desnecessário.

 

O ciúme é um sentimento natural, porém egoísta e quase sempre involuntário. Recai sobre as pessoas, recai sobre as coisas. Ataca qualquer pessoa normal e, possivelmente, também as anormais. Alguns têm mais que outros. E alguns têm extremamente mais que outros. (Os obsessivos feios ou os paranoicos viajantes.) Há quem diga que é fácil controlá-lo, mas, certamente, talvez seja mais fácil ignorá-lo.

quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

Natal

O ano passou em uma velocidade tão absurda que ficou estranho já ver os efeites de Natal pela cidade. Não sei se muitos vão compartilhar desta mesma percepção. E é só o Natal ficar próximo para começar a ouvir falar sobre o Espírito Natalino. Este que invade os corações das pessoas e traz um sentimento de bondade, de ajuda ao próximo, de amor à família, além do consumismo característico. Na verdade, muito consumismo!
O Natal é uma data de extrema importância para os cristãos. Trata do nascimento de Jesus Cristo. É uma tradição praticamente mundial e um momento em que o mundo para pra celebrar, mesmo os que não compartilham da mesma fé. Algo comumente família, pois é a data em que os parentes mais se reúnem.
Lembro como era divertida essa época. Costumava ser tão esperada quanto o Dia das Crianças e aniversário, por causa dos presentes. Até que chegou o dia que percebi que havia crescido... Descobri que o Papai Noel já fora meu pai, meu avô e até a minha bisavó. E descobri que atualmente o Natal não tem mais a mágica de antes e tornou-se algo meio ‘preguiça’.
A comida costuma ser sempre muito boa e é bom rever a família, porém alguns pontos nunca mudam. É dia de ouvir dos parentes quase as mesmas coisas do Natal passado: - Está trabalhando?; - Está ganhando quanto por mês?; - Quando vai apresentar a namorada pra família?; - Seus primos já casaram, já têm filhos...
Também é dia de ganhar meias e cuecas novas e parece que, depois que crescemos, esse é o melhor presente pra se dar.
É dia de ouvir seu tio bêbado contar histórias que só ele acha engraçadas, lembrar dos familiares falecidos, desejar um Feliz Natal e começar a pensar no que desejar para o próximo ano. Na TV todos os programas têm temática natalina e sempre tem Xuxa, Roberto Carlos e Simone cantando “Então é Natal”. Após a ceia e depois que todo mundo comeu tanto que mal aguenta andar, vão todos dormir. No outro dia almoçam o que sobrou da comida.
Sinceramente, não queria ter a preguiça do Natal que eu tenho hoje. Amo minha família mesmo assim e do meu jeito. rs. Contudo é uma realidade e acho que não sou o único a tê-la. Um dia eu pego pra organizar as comemorações. Ia colocar uma música bem animada e fazer todo mundo dançar até o chão. Champagne só pra brindar. Ia ter vodka e tequila. (MEDO. rs)
E é isso. Feliz Natal a todos! Mesmo com essa preguicinha do dia, espero que este Natal seja um dia feliz e cheio do calor familiar. Que seja abençoado e cheio de boas energias.

terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Saudade

Como é chata! Sempre aparecendo sem convite. E quanto mais o tempo passa, mais ela tende a aumentar. Pertence à família dos estranhos. 

Vendo uma foto, escutando uma música, vendo um filme, sentindo um cheiro, lendo qualquer coisa que seja... Tudo, mas absolutamente tudo, remete a ela. Saudade que te faz querer certo alguém por perto, estar novamente em algum lugar, reviver em algum momento... Querendo coisas coisas de um passado distante ou não tão distante. 

Consegue ser boa ou má, ao mesmo tempo. Ou ela te faz ter bons sentimentos e motiva a buscar o “objeto” ou te faz sofrer e sentir dor. Se a mata, ela ressuscita. Se a engana, ela também passa a perna em você. Sim! Chata, chata e chata! E não há o que se fazer, apenas senti-la.

A palavra Saudade só existe na língua portuguesa e no dialeto galego, que tem parentesco com o português. Saudade é filha da solidão. Vem do latim “solitas”, que quer dizer solitário. E, junto com o amor, é uma das palavras mais constantes na nossa poesia e nas letras das canções.
A saudade é um sentimento plural. Tem a saudade que dói e a que traz de volta as boas lembranças. A saudade é também torrente de paixão, essa emoção diferente que inspira poetas, compositores, namorados, gente de todas as idades. E você, do que tem saudade?
[…]
Para o psicanalista Joel Birman, saudade pode até ser triste, mas é um sentimento positivo, que estimula a memória e a sensibilidade.
Reportagem exibida no “Bom Dia Brasil” do canal Globo no dia 21/12/2010. FONTE: http://g1.globo.com/bom-dia-brasil/noticia/2010/12/saudade-estimula-memoria-e-sensibilidade-diz-psicanalista.html

domingo, 19 de dezembro de 2010

Citação

Não é da minha autoria, mas acho o texto abaixo tão eu. Há um tempinho que ele está guardado entre vários outros que gosto. Vale muito a pena compartilhar.
Não Quero (Mário Quintana)
Não quero alguém que morra de amor por mim... Só preciso de alguém que viva por mim, que queira estar junto de mim, me abraçando. Não exijo que esse alguém me ame como eu o amo, quero apenas que me ame, não me importando com que intensidade. Não tenho a pretensão de que todas as pessoas que gosto, gostem de mim... Nem que eu faça a falta que elas me fazem, o importante pra mim é saber que eu, em algum momento, fui insubstituível... E que esse momento será inesquecível... Só quero que meu sentimento seja valorizado.
Quero sempre poder ter um sorriso estampando no meu rosto, mesmo quando a situação não for muito alegre... E que esse meu sorriso consiga transmitir paz para os que estiverem ao meu redor. Quero poder fechar meus olhos e imaginar alguém... e poder ter a absoluta certeza de que esse alguém também pensa em mim quando fecha os olhos, que faço falta quando não estou por perto.
Queria ter a certeza de que apesar de minhas renúncias e loucuras, alguém me valoriza pelo que sou, não pelo que tenho... Que me veja como um ser humano completo, que abusa demais dos bons sentimentos que a vida lhe proporciona, que dê valor ao que realmente importa, que é meu sentimento... e não brinque com ele. E que esse alguém me peça para que eu nunca mude, para que eu nunca cresça, para que eu seja sempre eu mesmo.
Não quero brigar com o mundo, mas se um dia isso acontecer, quero ter forças suficientes para mostrar a ele que o amor existe... Que ele é superior ao ódio e ao rancor, e que não existe vitória sem humildade e paz. Quero poder acreditar que mesmo se hoje eu fracassar, amanhã será outro dia, e se eu não desistir dos meus sonhos e propósitos, talvez obterei êxito e serei plenamente feliz. Que eu nunca deixe minha esperança ser abalada por palavras pessimistas... Que a esperança nunca me pareça um "não" que a gente teima em maquiá-lo de verde e entendê-lo como "sim". Quero poder ter a liberdade de dizer o que sinto a uma pessoa, de poder dizer a alguém o quanto ele é especial e importante pra mim, sem ter de me preocupar com terceiros... Sem correr o risco de ferir uma ou mais pessoas com esse sentimento.
Quero, um dia, poder dizer às pessoas que nada foi em vão... que o amor existe, que vale a pena se doar às amizades a às pessoas, que a vida é bela sim, e que eu sempre dei o melhor de mim... e que valeu a pena!!!
Até mais!

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Nossas pessoas

Pegando carona no contexto do post Fases, quero especificar como as pessoas entram e saem de nossas vidas.

Tudo começa com as festas de aniversário. Você vai crescendo e, a cada ano, sua mãe inventa uma festa com um tema diferente. Ela chama seus primos, os filhos dos amigos da família e aquele bando de criança da vizinhança. Inicialmente são pessoas que você mal sabia que existiam, mas sua mãe acha que você precisa se relacionar com elas. “Meu filho, vem brincar com o amiguinho!” É nessa fase que você tem o primeiro ‘lote’ de pessoas na sua vida. E muitas delas passaram realmente a fazer parte do seu dia-a-dia.

É chegada a idade de ir pra escola. Você, obrigatoriamente, conhece mais um monte de seres humanos e acaba se aproximando daqueles com quem mais se identifica, fazendo também suas primeiras inimizades. É provável que nessa época esteja a fase em que você mais conheça pessoas, pois sempre há festas (principalmente de aniversário) além de novos alunos e professores... Mesmo que mude de escola, como pode acontecer, até o final do ensino médio você já se identificou com seu grupinho inseparável e já fez um melhor amigo. Já fez viagens consideradas inesquecíveis e teve momentos únicos com aqueles que chamou de “amigos eternos”. Você teve o segundo ‘lote’ de pessoas em sua vida. Mas será que foi mesmo uma amizade eterna?

Final de ensino médio é muitas vezes uma época triste, porque chega o momento de cada amigo tomar um rumo na vida. Dificilmente um deles irá trilhar o mesmo caminho que você. Assim, mesmo que haja um esforço imenso para manter contato, a convivência já diminuiu. Na maioria das vezes, você passa a vê-los com menos frequência até que um dia percebe que não há mais contato. Casualmente vai encontrar algum e perceberá que a falta de convivência os tornaram novamente estranhos.

E então vem a faculdade. Alguns já a encaram imediatamente após o ensino médio, outros demoram um pouco mais e ainda há os que nem chegam a fazer, pois tomaram rumos completamente diferentes. Saindo da adolescência e ganhando maior liberdade (e responsabilidade), surge o terceito ‘lote’ de pessoas. Os novos amigos e companheiros inseparáveis que tem afinidade por conta da faculdade, dos amigos em comum, dos gostos parecidos, das relações nascidas e criadas na internet (se você for um viciado nela, certamente terá amigos que vieram dela) ou diversos outros motivos.

É uma fase de mudanças marcantes, em que surgem a necessidade dinheiro e os empregos, os cursos e concursos, os namoros sérios (e outros não tão sérios), além de várias outras coisas que ocupam o pensamento o dia todo.

O que quero dizer com esse resumão dos principais momentos sociais é que, à medida que o tempo passa, as pessoas antes presentes vão sendo substituídas por outras. E estas provavelmente também serão substituídas. É um ciclo quase sempre involuntário e natural que deixa boas lembranças de quem foi e traz a oportunidade de novas histórias. Mesmo que haja, por diversas vezes, aquela vontade enorme de voltar no tempo e resgatar a convivência perdida com muita gente. Talvez até seja possível, contudo você precisará de certo esforço e muitos reencontros.

 

P.s.: Texto escrito com a ajuda do amigo Fernando Ribeiro (@nandoribeiro).

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Romantismo

Cada vez mais fica evidente o quão menos importante tem sido o conceito de romantismo atualmente. As pessoas passaram a ver o mundo de uma maneira mais sexual e esqueceram um pouco do sentir. Claro que é quase impossível encontrar alguém que diga que o sexo é algo ruim. E de fato não é! Porém, além do sexo, ter e alimentar um sentimento por alguém e a partir dele ser romântico pode ser algo ainda mais prazeiroso. Se você conhece algum dos raros românticos de hoje peça-o para descrever tal prazer!

Já observei que, para as mulheres em geral, o homem romântico é aquele que abre a porta do carro, que manda flores, cartões... Mas acho que o romantismo tem uma visão bem mais ampla que estas características.

Na âmbito artístico, por exemplo:

A palavra romantismo designa uma maneira de se comportar, de agir, de interpretar a realidade. O comportamento romântico caracteriza-se pelo sonho, por uma atitude emotiva diante das coisas e esse comportamento pode ocorrer em qualquer tempo da história.

Romantismo designa uma tendência geral da vida e da arte; portanto, nomeia um sistema, um estilo delimitado no tempo.

FONTE: http://www.historiadaarte.com.br/arteromantica.html

Vejo o romantismo como todas as formas de demonstração vindas de um sentimento por outra pessoa. Aquela vontade de expressar o sentimento das mais diversas maneiras. Mandando flores, escrevendo poemas, declarando o amor e deixando tudo aquilo sentido ser ouvido e percebido. E hoje as pessoas parecem ter medo de deixarem-se levar por tudo isso. É tudo de uma certa forma mais carnal e ao mesmo tempo fria.

O sentir torna tudo tão mais bonito e o romantismo faz com que as emoções sejam mais trasparentes. O beijo passa a ter sabor. O abraço esquenta, conforta e abriga. O sexo fica extremamente mais gostoso. E até o mundo passar a ganhar mais cores. Não é vergonha mostrar-se apaixonado! Vergonha é deixar-se reprimir. E se você ainda é romântico de alguma forma, não deixe que as situações do mundo de hoje mate isso em você! Por conhecimento de causa afirmo que pode ser algo impagável.

“Sinto falta de poder ser romântico...”

E por fim, outro poeminha bobo que escrevi anos atrás.


Desejo


Há tempos desejei sentir e ser correspondido
Desejei desejar e ter o desejado
Quanto mais desejava, mais longe ficava de meu desejo
Desisti de desejar... E desejei em segredo
Desejei não mais desejar
Acabei descobrindo que sem desejo nos conformamos com pouco
Então, o melhor é desejar sempre
Mas desejar na medida certa...

sábado, 11 de dezembro de 2010

Inverno da Luz Vermelha

Inverno da Luz Vermelha

26 Nov a 19 Dez
Local: Teatro I | CCBB DF
Horário: Quinta a sábado, às 21h | Domingo, às 20h

Sinopse: Adam Rapp viajou com seu melhor amigo para Amsterdã, buscando ajudá-lo a superar uma recente desilusão amorosa. Porém, o envolvimento dos dois com uma prostituta que conheceram em suas visitas ao Bairro da Luz Vermelha mudaria para sempre o relacionamento entre os amigos e marcaria profundamente o autor.

Co-direção de Michele Matalon, cenário de Daniela Thomas, figurino de Cassio Brasil, Ilmuninação de Maneco Quinderé, com os atores André Frateschi, Marjorie Estiano e Rafael Primot.

FONTE: Portal BB


O mundo já é cheio de coincidências e situações inesperadas. Imagine quando em uma única noite uma explosão de situações e sentimentos mudam diversos rumos da sua vida. O espetáculo fala mais ou menos disso. Um triângulo (que eu não diria de fato amoroso. rs) entre Matheus (Rafael Primot), seu amigo Davi (André Frateschi) e a prostituta Christine/Ana (Marjorie Estiano). Uma história um pouco carregada, de sentimentos intensos e bastante interessante. Com um pouco de realismo, cenas fortes, certa nudez e ótimas interpretações. "Sempre gosto de admirar a coragem dos atores em se exporem e se doarem pelos seus personagens."

Eu ri, fui espremido na cadeira, levei tapa na cara, me apaixonei e tive vontade de chorar. Tudo em 110 minutos. E a peça faz refletir sobre os desencontros sentimentais... Você se apaixona, a outra pessoa não. Algo tão comum. Ainda assim faz passar pela cabeça aquela vontade de modificar as histórias amorosas do nosso jeito. Aquele sentimento de vingança meio reprimido quando as coisas não são como queremos.

Enfim, pra quem ainda não viu, recomendo! Vale muito a pena!

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Um breve comentário sobre sonhos

O ser humano é expert em matéria de sonho. Sonha em ter dinheiro. Sonha em ter uma casa própria. Sonha em ter um carro. Sonha em viajar. Quando alcança todos os primeiros, recomeça a sonhar. O rico, cheio de dinheiro, quer poder. O ator amador, com uma graduação em artes cênicas, quer fama. A moça romântica, realizada profissionalmente, quer o marido perfeito. Assim, o ser humano nunca está satisfeito com o que já tem e é óbvio que nunca estará. Algo natural, digamos. São estes sonhos que movem o mundo? Provavelmente! Contudo, pra muita gente não é nada fácil traçar metas e objetivos a fim de realizá-los. E mais uma vez enfatizo a ideia de que alguém poderia inventar e vender determinação e motivação em cápsulas. rs.





E um poeminha bobo que escrevi há um tempo...


Há dias estou construindo um castelo
Pedra após pedra, pedra sobre pedra
Seu tamanho ainda é um mistério
E também não sei o que irei abrigar
É certo que serão coisas boas

Quero que as paredes sejam fortes o suficiente
Que suportem o vento mais forte da madrugada
E o vento de uma tempestade má
Que suportem o sol forte de um dia cheio
E o mormaço vindo de algum lugar por aí

O que for guardado será visto somente por bons olhos
Olhos que admirem, olhos que desfrutem...
Olhos que um dia quem sabe possam também se abrigar

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Música

As recomendações musicais do post de hoje serão um pouco variadas no estilo…

Novamente o famoso Dj Tiësto lançou uma parceria, desta vez com a dupla de gêmeas Tegan and Sara, bastante conhecidas por músicas de trilhas sonoras como Grey’s Anatomy. É um eletrônico calmo e gostosinho e o clipe tem um visual até legal.

Tété eu conheci por sugestão de um amigo e acabei por gostar bastante. Na minha opinião, músicas em francês já têm um charme enorme, só por este detalhe. Essa é super agradável.

Ainda nem fui atrás de mais coisas do Kyle Andrews, mas gostei imediatamente dessa música que ouvi fuçando no perfil de uma amiga canadense. Só fico na dúvida se gostei mais da música ou do vídeo extremamente amador.

Espero que gostem.

domingo, 5 de dezembro de 2010

Das Crônicas do Menino Bonzinho Parte II


O menino bonzinho, romântico e bobo

Que sente além dos padrões

Que acredita que as metades podem ser inteiras

Que se esforça sempre para não cair no mundo dos que não acreditam

E sonha em viver no mundo bonito das músicas, dos filmes e peças de teatro

O menino bonzinho, romântico e bobo

Que teve um pedaço do coração arrancado e perdido

Que quis sofrer anos a fio, mesmo que sem a intenção consciente

Que aposentou o romantismo para ser do mundo

Que tornou-se insensível sem a intenção de ser

Que aprendeu a se divertir e a viver

Que um dia acordou e sentiu vontade de reviver seu romantismo

E percebeu que os que acreditam tornaram-se raridade

O menino bonzinho bobo

E romântico?

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

As mentiras que as pessoas contam

Até que ponto alguém pode mentir sobre si mesmo? Criar uma história de vida apenas pra ser aceito? Cheguei a acreditar que era coisa de filme, mas já presenciei tal idiotice algumas vezes e tenho confirmado que é mais comum do que parece.

Já li por aí e até tuitei: “O melhor mentiroso é aquele que acredita veemente que a própria mentira seja uma verdade.” Existem pessoas que se baseiam bastante neste lema. Falam pra todos que vivem em um mundo lindo, onde são influentes, conhecem pessoas famosas e praticamente de tudo acontece em suas vidas. Coisas ótimas, claro! E é tudo tão bem contado que é impossível duvidar. Não sei dizer com 100% de certeza que o ditado “Mentira tem perna curta” seja confiável, mas que quase sempre vale, vale. E chega o dia que o castelo da pessoa (que na verdade era de papelão) desmorona e a ela some do mundo. E por um acaso ela foi se esconder? Só Deus sabe!

Eu gostaria muito de saber o que passa na cabeça dessas pessoas. Acho que se você fosse mais reservado e evitasse contar detalhes sobre sua vida seria mais digno. Omissão acaba sendo melhor que a mentira em si. Confiança já é algo tão difícil de conquistar e de repente alguém que você resolveu confiar é pego em uma mentira escandalosa do tipo. Faz perder a credibilidade. Não estou sofrendo com coisas assim no momento, apenas me revolto quando alguém vem contar que toda a vida de fulano era mentira. Desculpem-me, mas é triste.

Nem tudo é fácil pra todo mundo. Outra coisa que tuitei dia desses: “Se você tem, seja humilde. Se não tem, não finja que tem e lute pra conseguir.” Mentir já é feio, mentir sobre o que você realmente é, é ainda mais feio, principalmente se alguém descobre. Se você acredita que vivendo assim vai ser melhor, lute pra ser o melhor mentiroso do mundo! Porque quem descobrir vai começar a te desdenhar.

Talvez eu tenha mesmo o pensamento bastante aquariano de querer mudar o mundo de alguma forma. E eu bem que gostaria de poder fazê-lo apenas com palavras.

Cover Versions

Hoje em dia há quem cria, mas também há quem imita. E muitas vezes as imitações acabam sendo melhores que as originais. É o que acontece com muitas músicas por aí. Não quero menosprezar, muito menos tenho a intenção de falar mal dos reais artistas. Pelo contrário. Quero dar ibope aos anônimos que mandam super bem.

Já vi vários covers muito bons, mas abaixo vão alguns dos meus preferidos.

Michael Henry and Justin Robinett são os autores do cover seguinte. Eles cantam muito e a versão deles de "Airplanes/Brick by boring brick" ficou muito gostosinha de se ouvir. As duas originalmente cantadas pela Halley Williams do Paramore.


O próximo é do Boyce Avenue. Este já ficou famoso de tão talentoso que é. Difícil não gostar de algum dos covers que ele faz, mesmo sendo de uma música que normalmente você detestaria. Escolhi o de uma música que gosto muito e passei a gostar ainda mais com ele. "Everything you want", do Vertical Horizon.



Depois que Lady Gaga já ficou cansativa, de tanto ouvir por todo lugar, o Sam Tsui gravou esse Medley de músicas dela e me fez gostar um pouco novamente.


Pra terminar, existem também os covers de artistas já famosos para músicas de outros artistas. Abaixo Katy Perry cantando "Black and Gold" do Sam Sparro e Pixie Lott cantando "Use somebody" do Kings of Leon. Ótimas versões, na minha opinião.

E não poderia esquecer de citar o seriado Glee, de onde tem saído milhares de versões legais. Porém algum vídeo deste fica pra outro post.



segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Fases

Imagine o mundo preso a uma rotina de coisas sempre iguais? Acredito que seria bastante chato. Independentemente do âmbito, tudo na vida é feito de fases. Prestar atenção nestas fases pode ser bastante válido.

Ninguém é sempre feliz ou sempre triste. Sempre há coisas mais enfáticas para nos preocuparmos, que variam de acordo com a época. Acho que o luto é o maior exemplo disso. Ninguém fica de luto pelo resto da vida. Mesmo que se sinta sempre a falta da pessoa que partiu, aquele momento ruim vai perdendo a relevância. E assim acontece com os amores, com as companhias diárias, com o gosto musical e por ai vai… Até cheguei a reparar, dias atrás, o quanto meu gosto musical mudou e hoje ouço coisas que não tinha paciência de ouvir antigamente.

No geral, o que quero dizer com esse post é que pensar nessa questão pode ser um aditivo para o otimismo, além de ter um pouco de realismo também. Porque se você está em uma fase ruim hoje, pode ser que amanhã seja o dia de ter uma fase boa. E sempre há um aprendizado. Você sempre terá a oportunidade de mudar e quase sempre vai mudar sem nem mesmo perceber. Pode estar carente hoje desejando com todas as forças uma companhia e amanhã poderá querer curtir a vida sozinho. Fases!

Até engraçado escrever sobre isso, já que fica parecendo um texto de autoajuda. Talvez seja mesmo…

E o texto abaixo foi escrito, há alguns meses, para um amigo que sofria com o término de um relacionamento, mas acabei por não mostrá-lo. Acho que esqueci. Hoje em dia ele parece estar numa fase bem agradável da vida e com outros focos. Estaria eu provando essa teoria das fases? rs.

Uma metade pode ser inteira
Uma realidade pode ser mudada
O mundo gira, as paisagens mudam
As folhas caem, novas nascem
O novo pode superar o velho
E pode ser rápido como um passo após outro
O tempo insiste em ter poder
Poder sobre a metade e sobre a realidade
E o tempo vence, define seus padrões e junta-se à ideia das particularidades
A paciência vem em consequência
Surge a espera, seja ela desnecessária
As oportunidades já existem…
Sem valor, se não buscadas.

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Palavras do passado



Canadá
Seja amando, seja odiando, seja sofrendo, o romantismo nasce e consegue ser inspirador. Tristes ou melancólicas, as palavras podem ser uma forma de desabafo. O texto abaixo nasceu em um momento assim. Hoje não tem valia alguma pra mim. Uma fase mais que superada, mas quem sabe alguém na mesma situação possa se identificar. E com conhecimento de causa, a cura pode tardar, mas um dia vem!
Superar momentos, muitas vezes, pode demorar e acredito que cada pessoa tem um tempo diferente. Porém um dia tudo passa e você percebe que está completamente pronto pra outra.
"Dia após dia tentei ser feliz. Tentei descobrir coisas novas. Tentei conhecer novas pessoas, fazer novos amigos, conhecer novos lugares. Tudo que me distraísse ou apenas me fizesse não pensar em você. Em algo que me fizesse te esquecer. Por mais que eu tentasse ou por mais que eu fugisse você vinha e segurava meus braços, meus pés ou segurava meu coração. E o tempo passou deixando o gosto de lágrimas. E eu ainda não cheguei nem na metade do caminho. Quero sempre voltar e recomeçar. Mesmo que você não me puxe mais. Meus braços, pés e coração continuam sendo puxados por você. Sim, Você decidiu! E eu comecei a encontrar seus pedaços por estas ruas boêmias e por estes lugares cheios de pessoas estranhas. E eu poderia simplesmente ignorá-los, mas meu coração não permite. Minha máscara não é tão boa. Minha transparência é bem maior. Basta prestar atenção ou olhar nos meus olhos. Ainda estou perdido no que sinto, mas a dor não é mais tão intensa e as lágrimas já secaram quase por completo. A qualquer momento posso me acostumar com a dor e não haverá mais lágrimas...
Do que você tem medo?"

terça-feira, 23 de novembro de 2010

Das Crônicas do Menino Bonzinho

Acredito que esse tenha sido o primeiro texto das "Crônicas do Menino Bonzinho" a nascer, há dois anos.


E o menino bonzinho tentou ser mau

Tentou passar por cima dos próprios princípios

Tentando ser racional, quase foi engolido pela razão

Tentou ignorar o que o incomodava e o incômodo o perseguiu

Não conseguiu encarar a verdade, agindo sem pensar

Caminhou, caminhou, caminhou e não se moveu

Falou além da conta e tornou-se endividado


Agora finge que é forte sem conhecer o que é a força

Segura o sentimento desconhecido e é denunciado pela sua transparência

Engana-se com a tentativa do engano e sofre com a sensação de aperto

Ele sofre por dentro e as lágrimas não caem por vergonha

Ainda quer ser mau, porém o seu coração é muito grande


É o menino bonzinho de sempre

Aquele que quer solucionar todos os problemas

Mesmo os que não estão ao seu alcance

Aquele que enxerga qualidades nos defeitos e ainda acredita nas pessoas

Aquele que se esquece de si mesmo para tentar ajudar

E ajuda! Mas sofre por não conseguir ajudar a si mesmo


O menino bonzinho de sempre

Aquele que nunca vai conseguir ser mau

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Comunicação silenciosa

Voltando pra casa de ônibus hoje, reparei em uma menina deficiente auditiva se comunicando. Ela estava acompanhada de uma mulher mais velha, que acredito ser a mãe, e outra menina, que provavelmente era irmã. Percebi que apenas ela era surda, mas as outras duas conseguiam usar a lingua de sinais sem problemas. Fiquei observando aquela comunicação silenciosa e pensando comigo mesmo... De uma maneira geral, todos os surdos/mudos ficam, de algum modo, limitados a se relacionarem apenas com quem também sabe esta lingua, na maioria outros surdos/mudos ou alguém da família. Fiquei bastante curioso e fui procurar saber um pouco mais sobre o assunto. Encontrei informações bastante explicativas em um site e abaixo fiz algumas citações do mesmo. Ainda acredito que seja bastante válido ler toda a informação do site. É um conhecimento social e inclusivo.

Deficiente auditivo, surdo ou surdo-mudo?

O surdo-mudo é a mais antiga e inadequada denominação atribuída ao surdo, e infelizmente ainda utilizada em certas áreas e divulgada nos meios de comunicação. Para eles, o fato de uma pessoa ser surda não significa que ela seja muda. A mudez significa que a pessoa não emite sons vocais. Para a comunidade surda, o deficiente auditivo não participa de Associações e não sabe LIBRAs. O surdo é aquele que tem a LIBRAS como sua língua.

Compreendendo o mundo surdo

Por anos, muitos têm avaliado de forma depreciativa o conhecimento pessoal dos surdos. Alguns acham que os surdos não sabem praticamente nada, porque não ouvem nada. Há pais que super protegem seus filhos surdos ou temem integrá-los no mundo dos ouvintes ou mesmo no mundo dos surdos. Outros encaram a língua de sinais como primitiva, ou inferior, à língua falada. Não é de admirar que, com tal desconhecimento, alguns surdos se sintam oprimidos e incompreendidos.

Em contraste, muitos surdos consideram-se “capacitados”. Comunicam-se fluentemente entre si, desenvolvem auto-estima e têm bom desempenho acadêmico, social e espiritual. Infelizmente, os maus-tratos que muitos surdos sofrem levam alguns deles a suspeitar dos ouvintes. Contudo, quando os ouvintes interessam-se sinceramente em entender a cultura surda e a língua de sinais, e encaram os surdos como pessoas “capacitadas”, todos se beneficiam.

Comunicação visual

Para estabelecer uma boa comunicação com uma pessoa surda é importante o claro e apropriado contato visual entre as pessoas. É uma necessidade, quando os surdos se comunicam. De fato, quando duas pessoas conversam em língua de sinais é considerado rude desviar o olhar e interromper o contato visual.

E como captar a atenção de um surdo? Em vez de gritar ou falar o nome da pessoa é melhor chamar sua atenção através de um leve toque no ombro ou no braço dela, acenar se a pessoa estiver perto ou se estiver distante. Dependendo da situação, pode-se dar umas batidinhas no chão (ele poderá sentir a vibração através do corpo) ou fazer piscar a luz. Então, converse com o surdo olhando em seus olhos. Para se fazer entender, não se envergonhe de apontar, desenhar, escrever ou dramatizar. Utilize muito suas expressões faciais e corporais. Tais recursos são importantes quando não há ainda domínio da língua de sinais. Esses e outros métodos apropriados de captar a atenção dão reconhecimento à experiência visual dos Surdos e fazem parte da cultura surda. Aprender uma língua de sinais não é simplesmente aprender sinais de um dicionário. Muitos aprendem diretamente com os que usam a língua de sinais no seu dia-a-dia — os surdos. Em todo o mundo, os surdos expandem seus horizontes usando uma rica língua de sinais.

FONTE:


Tive a oportunidade de aprender o alfabeto em libras e pegar algumas expressões enquanto me graduava, já que tive uma colega surda, mas o que aprendi foi muito pouco. Gostaria muito de poder aprender de fato algum dia.

Falando como uma pessoa que adora o relacionamento interpessoal, acho que a lingua de sinais deveria ser passada pra frente com mais naturalidade, atingindo o máximo de pessoas possível. Você não paga pra aprender inglês ou outra língua qualquer? Vejo a linguagem de sinais como praticamente a mesma coisa e você não tem que aprender a pronúncia correta das palavras.

domingo, 21 de novembro de 2010

Reticências

Texto um pouco antigo que guardo e tenho bastante afeição...

Eu quis e continuo querendo
Já chorei, esperneei, gritei, lamentei
Mas não foi suficiente
Resolvi decidir
E então decidi
Sem saber ao certo se era certo
Mas não foi por maldade
Não foi por egoísmo
Não foi por vingança
Foi por amar demais
Por querer demais
E por ter
E ao mesmo tempo não ter

Hoje.......
Lutar, lutar e lutar
Encontrar força em palavras escritas
Talvez ditas
Em abraços inesperados
Em momentos descontraídos

Amanhã.......
Que os frutos sejam saudáveis
Mesmo que nasçam feios
E fiquem feios por algum tempo
Mas que se tornem belos
E belos sejam até o dia que não der mais
Porque aprendi que nada dura para sempre
Mas o suficiente para ser gravado
E sentido no fundo da alma

Gratidão infinita
Cada momento teve sua significativa perfeição
Porém sinto muito por não ter aproveitado mais
E por não ter vivido mais
Intensamente como era esperado
Mas ao meu modo foi maravilhoso
Prometo.

Não somos os donos dos acontecimentos
Apenas os guias
E o que foi, deixou de ser e não voltou a ser
Um dia será!
Contradizendo o sempre que não dura
E se não for não é culpa de ninguém
Simplesmente não era pra ser.

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Música

Já ouvi diversas vezes que tenho um gosto musical peculiar, pra não dizer estranho. Gosto e ouço muita coisa que não é comercial e acho que provavelmente este é o motivo. Tudo aquilo que é usado demais pela mídia acaba me cansando rápido.

Quero aproveitar do blog também pra sugerir algumas coisas que costumo ouvir. Se agradar pelo menos uma pessoa já fico feliz. rs.

Começo com "A Fine Frenzy" e "Local Natives". Ótimo para deitar, encarar o teto e relaxar...

Alison Sudol (Seattle, 23 de dezembro de 1984), conhecida como A Fine Frenzy, é uma cantora, compositora e pianista americana.

Depois de aprender sozinha a tocar piano, investiu em suas narrativas na forma de músicas. Encontrou abrigo na melancolia melódica de novas bandas Britânicas como Aqualung, Radiohead, Coldplay, Keane, entre outras.

Também foi influenciada pelo minimalismo diatônico de Philip Glass e a pela música islandesa (Björk, Sigur Rós). Inspirada, Alison desenvolveu o som de A Fine Frenzy - arranjos hipnóticos de piano sobre uma melodia clássica Americana, misturada com irresistíveis e atmosféricas músicas com o poder de alcançar todo o mundo.

FONTE: LastFM




Local Natives é uma banda de indie rock de Silver Lake, Los Angeles.

O som da banda é descrito como um “afropop influenciado majoritariamente por guitarras, uma percussão hiperativa de quase harmonia leve com uma sensação de falsas sinfonias…

FONTE: LastFM



quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Preconceito

Sem querer desmerecer nosso país, mas uma pergunta que sempre me fiz e agora tenho feito mais do que nunca: De onde vem essa cabeça tão preconceituosa de tantos brasileiros? É algo que não consigo chegar a uma conclusão. Estou fazendo uma generalização, pois obviamente é algo que acontece no mundo todo, mas ainda assim parece ter uma intensidade maior em solo brasileiro. Tudo que de alguma forma faz parte da diferença tem sempre alguém ao lado pra poder julgar, “zuar” ou recriminar. Não seria mais fácil ver e acreditar que o mundo está em processo constante de evolução e que as coisas nunca vão parar de mudar?

Negros, deficientes em geral, pobres, homossexuais, transsexuais e tantos outros gêneros... Não foram pessoas que um dia resolveram ser diferentes. Nasceram como são. E sinceramente, vejo o termo “diferença” como algo muito vago. Ninguém tem o direito de chegar e dizer que é fisicamente ou mentalmente o padrão de alguma coisa e fazer qualquer comparação que seja. Ninguém, em toda história da humanidade, nunca foi igual ao outro. Até mesmo gêmeos idênticos diferem-se em algum aspecto. Não existem iguais e jamais existirá. Fato.

Se o mundo muda é por alguma razão. E não muda apenas por causa da mão do ser humano. Quase tudo sempre foi involuntário. Os animais não foram se adaptando às mudanças climáticas? Então! O homem também está em processo constante de mudanças. O triste é perceber que mentalmente muita gente vai ficando para trás, pois não conseguem aceitar este processo. E vão criando conflitos, guerras e mortes. E para quê? Pra dizerem que são absolutas e melhores?

E Deus? É possível mesmo que Ele condenaria ao sofrimento e à morte as pessoas por serem diferentes? Como disse o Felipe Neto (@felipeneto) em um dos vídeos que postei abaixo “Se o Deus que você acredita joga os gays no inferno, ele não merece a sua fé! Se o seu Deus faz isso, ele não é melhor do que o tal do diabo!”. Apesar de ter quase a mesma visão, não quero entrar no mérito para discutir religião.

Por conseguinte, vale repetir algo que já postei no twitter uma vez: Simpatize pela exceção e pela diferença! Elas são o caminho para fugir do clichê e do ordinário.

Abaixo, dois vídeos que o assunto preconceito é abordado e que vale a pena serem compartilhados.





Palavras

Nem tudo que se escreve é útil ou agradável. Porém uma coisa é absolutamente certa: Palavras têm poder. Poder de comover, de ferir, de incitar, de repugnar, de provocar... Todavia, as palavras podem ser ignoradas.



Acredito que quem escreve também deve passar pela situação de não lembrar exatamente o sentimento que gerou o texto escrito. Foi o que aconteceu com o texto abaixo. Mas, particularmente, prefiro ficar neutro. É interessante saber sobre outras interpretações que vão surgindo com a leitura.



Extra, extra!

Não há mais príncipe encantado
Ele foi sequestrado, não se sabe por quem ou pelo o quê

É provável que até o dragão,
aquele verde como a esperança,
esteja desaparecido.
Talvez tenha fugido para outro reino.

As fadas do amor já estão quase todas mortas.
Morreram pois não acreditaram em sua existência.

O antídoto para a dor ainda não foi encontrado
Os frascos existentes não surtiram efeito

E não haverá beijo salvador!

Onde está a fada madrinha?!

terça-feira, 16 de novembro de 2010

Busca estranha


Ao perceber que o que havia ao meu redor não era mais novidade ou simplesmente por estar cansado da mesmice de cada dia, comecei a buscar incansavelmente por algo que nem eu mesmo sabia o que era. Foram vários dias de busca. Até o dia que resolvi duvidar que encontraria algo que era sem braços, sem pernas, ou mesmo sem uma forma. Não se procura algo que não se sabe o que é. É loucura! E mesmo acreditando na ideia de que todo mundo pode ser louco um dia, decidi definir aquilo que eu buscaria. Assim surgiram objetivos para coisas reais e materiais, mas ao mesmo tempo reafirmei a desconfiança de que dedicar-se e perseverar nunca foi tarefa fácil e nunca será.


P.S.: Foto by me. Lighthouse Park, Vancouver, BC, Canadá.

Explicações

Depois de uma semana, quase inteira, finalmente nasce mais uma das minhas várias redes sociais: "Sinceridade Gozada". E como foi difícil chegar a um nome. Eu queria algo que fosse chamativo e ao mesmo tempo expressasse, de uma maneira não tão séria, o intuito do blog. Reuni vários nomes e saí pedindo opinião pra vários amigos, mudando de opinião várias vezes, até que decidi ficar com este.

A palavra "sinceridade" já tem o seu sentido bastante específico e é uma das minhas características pessoais mais evidentes. Pense em uma pessoa que já cometeu diversas gafes por conta desta sinceridade aflorada. That's me! Já a palavra "gozada", à primeira vista (minha pelo menos), remete logo a uma conotação sexual. Contudo, a minha intenção em usá-la foi quebrar um pouco da seriedade da palavra anterior. E vale lembrar que na linguem de Direito e inclusive na Bíblia ela é bastante usada, com um sentido mais, digamos, sério. rs.

Mas por que fazer um blog?
Eu sou um ser extremamente inquieto e de mente ainda mais inquieta. Um dia, que não lembro exatamente quando, descobri que escrever era uma das minhas paixões e descobri também que escrevendo conseguia tirar da cabeça muita coisa que me incomodava. Eu podia reclamar, gritar, xingar ou viver qualquer história que eu quisesse, do jeito que quisesse. Já tive vários surtos de vontade de escrever, desabafando, criticando ou apenas juntando palavras sem tanta conexão. Ser sincero escrevendo é algo ainda mais fácil, pois você pensa mais antes e vai construindo cada frase sem tanta impulsividade. E assim foram nascendo textos que eu fui jogando em um fotolog. A maioria, textos metafóricos (talvez meu estilo preferido) nos quais costumo chamar de "As Crônicas do Menino Bonzinho". Por fim, fotolog tornou-se algo defasado e o público que eu tinha foi sumindo aos poucos. Fui perdendo o interesse de atualizar, já que o feedback das pessoas também me motivava bastante e os textos começaram a ser guardados. Dias atrás deixei que amigos lessem alguns e acabei por ser incentivado novamente a passá-los pra frente. Empolguei e aqui estou com o blog.

Quero utilizar o espaço para continuar escrevendo sobre qualquer coisa e ler a opinião das pessoas sobre o que for postado. Espero que gostem!