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segunda-feira, 11 de agosto de 2014

Realidade?



IMG_20140810_174900[1] Foto: BR020 10/08/2014, por mim

Realidade é a realidade. Pura, das coisas da vida, cruel, sem pormenores. É aquela que move o mundo, que faz as pessoas caminharem para frente, imersas e direcionadas pelos seus objetivos. Realidade vem com toda força que deram a ela e te bate na cara com toda força, para te fazer acordar e andar sem vacilo. Ela é o real do mundo, sem metáforas, sem enfeites inventados. Sou ciente dela. Sou arrastado por ela. Mas vez ou outra reluto, enfrento, teimo, corro para o imaginário. Porque viver apenas de realidade é ser correto demais; é abraçar tudo o que é imposto, reprimindo vontades. Então eu enfio sonho no meio, corro para as ficções, vejo filmes, viajo no teto do meu quarto, crio estórias, vivo estórias. Não sei como seria o mundo sem as artes. É o meu refúgio, meu conforto, onde eu posso relaxar, posso recriar monstros gigantescos e poderes em mim para enfrentá-los. Posso esvair o amor que às vezes sobra. Posso viver infinitos finais felizes e dramatizar momentos apenas para causar mais emoção. E volto à realidade, porque alguém disse que viver só de imaginação é coisa de louco e até hoje não consegui provar que louco mesmo é quem vive apenas de realidade.

quinta-feira, 7 de agosto de 2014

Do ônibus



Assim que me aproximei da roleta do ônibus senti o peso de um olhar a me encarar. Olhei para atrás para ter certeza se era pra mim e sim, era. Estava sendo surpreendido naquele momento. Há tempos um olhar não tinha um peso assim. Ou eu que tinha, sei lá, sido pego desprevenido. Paguei o cobrador e entrei olhando de volta. Havia muita beleza ali pra eu passar ignorando. Olhei de volta, sem dó. Procurei um lugar próximo para sentar, mas às 18:00 é quase impossível os ônibus estarem vazios. Então peguei o banco que fosse mais estratégico, ainda assim não sendo muito feliz na opção. Percebi que o olhar tentava continuar me seguindo, mas você virar a cabeça para trás ali seria muito descaramento e não houve ação, ainda que eu torcesse para que houvesse mesmo assim. Fodam-se os outros passageiros! Eu estava preparando um sorriso para quando você olhasse novamente, porém você só tentou de canto de olho, daqueles em que evita-se ser tão óbvio. Comecei a ficar impaciente até que infelizmente a sua parada estava próxima. Você levantou, puxou a cordinha e veio passando em minha direção. Finalmente pude doar gratuitamente e de bom grado o meu sorriso mais sincero e você sorriu de volta, fazendo meu coração dar uns pulinhos de empolgação. Contudo faltou mais ação de ambas partes. Trocar celular seria extremamente fácil ali, mas creio que os dois ficaram meio abobalhados com a situação e permaneceram inertes. Você desceu do ônibus e ainda deu olhada para trás sorrindo, me deixando ainda mais feliz com aquele momento. Minutos de extrema emoção, perdidos no meio de um discurso sem palavras. Peguei o mesmo ônibus, no mesmo horário por diversas vezes e nada de reencontrar aquele olhar-sorriso. Quem sabe um dia aconteça. E da próxima vez, farei o possível para ser mais proativo.

segunda-feira, 4 de agosto de 2014

Obrigado!



Obrigado por tentar me entender! Por não me olhar com os olhos dos outros. Obrigado por forçar um mergulho com paciência no meu infinito particular, que protejo com tanto afinco! Obrigado por pegar os meus pensamentos mais distorcidos e interpretar o mínimo que seja, tentando encontrar algum sentido válido! Obrigado por me abraçar e dizer que está tudo bem! Obrigado por me fazer perceber que muita coisa era apenas insegurança! Obrigado por todas as palavras lindas e por mostrar todas as coisas lindas que eu não via pela minha cegueira, consequência de minha loucura! Apenas obrigado! 


[Obrigado a você que nem sequer sei se existe!]