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segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Ciúme

Após um leve mau humor, comecei a sentir um aperto no peito. Minha mandíbula contraía involuntariamente. E a impaciência tomou o meu sossego. Comecei a andar de um lado para outro ao mesmo tempo em que praguejava o pobre coitado do mundo, que nenhuma culpa tinha. Fiquei agoniado e finalmente dei-me conta que não entedia toda aquela fúria repentina. Resolvi retroceder os fatos, um após o outro, em busca de uma explicação. A mais plausível que encaixasse. Por conseguinte veio a ideia de ciúme. Sim, era ciúme. Eu que mal sabia descrevê-lo. Melhor, nunca havia tentado descrevê-lo. Maldito ciúme! Incoveniente e desnecessário.

 

O ciúme é um sentimento natural, porém egoísta e quase sempre involuntário. Recai sobre as pessoas, recai sobre as coisas. Ataca qualquer pessoa normal e, possivelmente, também as anormais. Alguns têm mais que outros. E alguns têm extremamente mais que outros. (Os obsessivos feios ou os paranoicos viajantes.) Há quem diga que é fácil controlá-lo, mas, certamente, talvez seja mais fácil ignorá-lo.

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