sexta-feira, 28 de outubro de 2011
Felicidade Realista (Citação)
quinta-feira, 20 de outubro de 2011
Construção
Começamos uma amizade porque normalmente é assim no início, mas confesso que meu interesse sempre fora outro. Claramente meu olhar e meu tratamento sempre tiveram um carinho a mais, ainda que eu nada falasse. (Meu olhar sempre me entregou na vida. Era só parar e interpretá-lo.) Por causa dos amigos que tínhamos em comum, hora ou outra nos encontrávamos. Era sempre muito agradável, mas eu queria mais. Precisava satisfazer aquela vontade que ia além de amizade, mesmo sem pretensões de coisas sérias. Juntei toda coragem possível, acrescentei um pouco de álcool e fui arriscar um papo com segundas, terceiras e até quartas intenções. Levei um “fora”, o que eu instintivamente já esperava. Não me abalei. Lamentei por alguns dias e fiquei bem. Seguimos com a vida e com a amizade, como devia ser. E um adicional de proximidade surgiu e começamos a sair juntos quase sempre. Tínhamos muita coisa em comum e isso ajudava bastante no crescente número de encontros e programas realizados juntos. Algum tempo se passou.
(...)
Em um dia de festa, bebemos bastante, dançamos como loucos e para minha surpresa percebi um olhar diferente vindo em minha direção. Tinha certeza que aquilo não vinha da nossa amizade. Não podia. Havia um brilho a mais, mas como o “fora” anterior ainda mantinha-se na minha memória, não perguntei e nada fiz. E se assim fosse, eu não era mais responsável por iniciativa alguma. A noite chegou ao fim e fomos para casa, separadamente. Enquanto dirigia curtindo minhas músicas de pensar na vida, escuto o toque de mensagem no celular.
“À primeira vista realmente não houve interesse. Amizade era a única coisa possível e eu dispensei você. Contudo nossa convivência manifestou características suas que me conquistaram profundamente. Algo despertou. Quero você!”
Meu Deus, eu realmente tinha lido aquilo? Eu quis tanto a correspondência de interesses e tive que aceitar o não. Após aquele “toco” me obriguei a conformar com apenas a amizade. Por várias vezes foi estranho ver beijos alheios em nossas saídas e depois de ter aceitado sermos apenas amigos recebo esta mensagem? Não! Eu ainda tinha certo interesse, mas agora também havia orgulho. Parei o carro no acostamento e comecei a divagar. Lembrei-me das pessoas sempre dizerem que perderam ótimas oportunidades por orgulho e similaridades. E de fato eu não tinha nada a perder, apenas ganhar. Eu havia conquistado alguém que eu já tivera interesse. E isso era bom. Calei meus pensamentos e respondi a mensagem:
“Não entre em casa! Espere no carro. Estou chegando agora onde você está.”
Foi algo intenso e totalmente compatível. Melhor do que eu já cheguei a imaginar. E como era bom sentir uma correspondência, uma reciprocidade, ainda que existisse uma insegurança do que acontecia ali naquele momento. Contudo, eu não ia fugir e muito menos cobrar alguma coisa. A vida já tinha me ensinado o bastante para saber que expectativas demais estragam qualquer coisa. Eu iria curtir aquilo e tudo que viesse até não poder mais. Foda-se o futuro seja ele como fosse! Questionei-me algumas vezes sobre o tempo certo para as coisas acontecerem, mas de que isso importava? Era apenas uma curiosidade sobre coisas da vida, ainda que fosse óbvio que a vida nunca segue uma linha reta. De qualquer forma, a parte melhor já estava acontecendo. Estávamos juntos.
sexta-feira, 14 de outubro de 2011
E assim foi…
Ele está muito bem.
Ciente da perda, contente, porém.
Cansou de seus tormentos.
Cessou os seus lamentos.
Fez bem.
O chamaram de pobre de inteligência.
O acusavam de extrema carência.
E empurravam-no para o fundo do poço.
Eram críticas demais sobre o moço.
Ele não era culpado.
Tudo sempre fora bem racionado.
Só que dos sentimentos quem entendia?
Coisa chata, cheia de psicologia!
Ele queria qualquer verdade.
Aceitar mentiras era imaturidade.
Mas viver mentiras era muito pior.
E ele sabia que realismo era melhor.
Correspondido nunca foi fácil ser.
Diante do livre-arbítrio é conformar ou sofrer.
Pois reciprocidade não se subestima.
Ainda que o amor de si se aproxima.
Ele seguiu a vida conformado.
De que a vida não funciona como programado.
Ficou bem, pois dos problemas esqueceu.
E o sentimento involuntário, finalmente morreu.
segunda-feira, 10 de outubro de 2011
Desvendando o cutucar do Facebook
(tupi kutúka+ar2) vtd 1 Tocar alguém com o cotovelo, dedo, pé etc., para fazer uma advertência ou por acinte. 2 Dar cutilada leve: O carreiro cutucava os bois. Var: catucar; no Nordeste: fatucar.
- “Se for amigo é pra te irritar. Se não for, está querendo ser.”
- “Se for bonito, me quer. Se for feio, quer dar oi.”
- “Tentativa de romance.”
- “Te cutuco, logo estou te dando mole.”
- “Interpreto como se chamasse a minha atenção, mas vai muito da intimidade que tenho com a pessoa.”
- “Pessoas que não atraem são ignoradas, pessoas interessantes geralmente adicionadas.”
- “Está querendo o meu corpo.”
- “Responder cutucada de desconhecidos é "pode vir, também gostei.""
- Quando é alguém que você já viu na balada ou foi apresentado rapidamente, acho que funciona como um ‘oi! Lembra-se de mim? Disposto a continuar o papo?'”