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terça-feira, 3 de novembro de 2015

Silêncio escrito

Em um mundo imaginário, mas real...
Ou real de fato, mas imaginário...
A faca amarrada ao pensamento dilacerou
Cortou fundo, sem sujeira
Fez sentir um desconforto nas entranhas
Pressão no peito. Inquietude
Muitas vezes e parou.
Torpor.

Reclamar? Para quê? Por quê?
Prefiro o silêncio
O silêncio já virou pele, pele sobre a pele
Tornou-se abrigo, conforto e morte
Covardia disfarçada
Tornou-se mudança de perspectivas
E de certezas
Um mergulho de cabeça no egoísmo
Assertivo pois

Encarar a solidão e passar a apreciá-la é um pecado aceito
Loucura, talvez digam
Teatro, talvez já disseram e ainda dizem
O fato é que não importa mais
O mundo gira, com ou sem compreensões
Com as muitas tempestades de julgamentos

Eu fico com o silêncio!
Com o egoísmo
Com o nada bem aproveitado
Com o que vem de bom grado
E sempre vem em abundância, obrigado!

Danço com a solidão sorrindo
Distribuo sorrisos
Abraço a gentileza
E amo muito!
Afinal, não aprendi ser diferente
E agradeço por saber enxergar além do comum
Por que apesar de tudo, a vida é linda!

E o mal...
O mal vai coexistindo, pois o bem precisa dele.

Fonte: https://pixabay.com/p-799598/?no_redirect

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