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domingo, 9 de dezembro de 2012

O amor é cego?

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Todos já ouviram a expressão “O amor é cego”, geralmente com o pouquíssimo sentido literal. Acho a expressão totalmente válida, mas gosto de dar uma interpretação mais romântica para ela.

Normalmente dizem que o apaixonar-se é colocar de lado todo o senso crítico e ver, por exemplo, o feio como bonito, as partes ruins como boas e por aí vai. Concordo que em partes é assim, porém o amor vai além do físico e do concreto. Há muita coisa abstrata envolvida.

Não acho que seja uma perda de senso crítico e sim uma valorização de coisas que agradam somadas a uma aceitação carinhosa dos defeitos. Toda a parte bonitinha se tornando bonitona, em uma ênfase sem fim nos detalhes pequenos. E os defeitos acabam por completar o que dá charme ao conjunto da obra.

Não é verdade que quando gostamos de alguém, independente do sentido do verbo, este alguém se torna perfeito pra gente? Então! O conjunto dos defeitos e qualidades daquela pessoa a tornam única. E você gosta dela daquele jeitinho. Você gosta do sorriso torto, do jeito desastrado, do cabelo desgrenhado, daquele cinto brega que ela insiste em usar, da mania feia de roer as unhas, daquele nariz enorme, das pernas finas...

Depois de conquistado, não existirá mais no mundo pessoa igual. Por mais beleza que houver. A sua pessoa é a mais bela!

Um comentário:

  1. Isso é amar!
    Bom demais ser brega ou moderninho!
    Bom demais abraçar!
    Bom demais abraçar!
    Ele é cego, e por assim ser, é intenso!

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