Sempre quis ser herói. Fazer o bem faz tão bem. Quis curar dores de cotovelo, lutos e dores sem motivo. Quis ouvir e ser prestativo, mesmo quando qualquer outra coisa não adiantasse. Quis melhorar as relações sociais. Quis consertar o mundo.
Eu não tenho a força e tampouco sei voar. Não consigo mover objetos com a mente e muito menos ler pensamentos. Meu corpo não é de aço e minha mente não tem nada de extraordinária. Mesmo assim o heroísmo me persegue. Extinto de proteção herdei dos meus pais. Coragem veio da vivência e ao perceber que não agir é o mesmo que ser amarrado quando o que mais se quer é correr. Levantar um carro com as mãos tornou-se possível quando passei a acreditar que tinha força suficiente. O mundo em sua imensidão passou a ser alcançado pelos meus braços que já não são tão curtos. Minha visão nunca chegou a ser de raio X, mas tem um alcance fora do comum. Pela auto-didática aprendi a energizar paciência e soltar sinceridade. E não sei dizer se foram as aulas de interpretação de texto que me mostraram como interpretar as pessoas.
A maldade alheia é um mal crescente. As pessoas desapegaram-se da bondade ao ver que a maldade tem suas facilidades. Egoísmo tornou-se lema e os laços sociais perderam a significância. As pessoas agora precisam ser salvas de si mesmas, porem não se pode salvar quem não quer ser salvo. E tentando mesmo assim, torna-se invasão de privacidade.
Heroísmo só tem algum valor quando as pessoas realmente anseiam por heróis.
O mundo precisa de heróis! Os grandes e os pequenos, sejam imaginários ou grandes amigos que sempre nos dão apoio.
ResponderExcluirParabéns pela força, Kiri!