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sexta-feira, 29 de abril de 2011

Anseio

Um colo confortável, um cafuné afetuoso

O som de uma respiração e seu calor no ouvido

Um beijo terno no pescoço, um arrepio frio

A perda de si mesmo em um abraço

Elogios fora de hora

Mensagens cheias de significado

Ligações terminando em “Eu te amo”

Pele sobre pele. Osso sobre osso.

Olhares cruzados.

Sexo. Doce, salgado, azedo, apimentado.

 

O amargo sabor do querer o que está longe, mas nem tão longe

A louca vontade de abusar acidentalmente do romantismo bobo

O calor de uma mão a puxar para qualquer lugar

Zzzzzzzz...

 

segunda-feira, 25 de abril de 2011

Rimas

Nunca fui muito fã de rimas. Acho que elas limitam muito na hora de escrever. E falo isso por mim! Por não conseguir usá-las com primor, como os super poetas da nossa história.

Hoje resolvi tentar escrever um poema usando-as. Resultado: odiei. Não é o meu estilo de escrever, mesmo! Vamos ver se alguém gosta. o.O

Leia-me!

Olhe pra mim!
Interprete o contexto
Nem tudo é sim
E nem sempre com mesmo pretexto

À primeira vista não há nada
À segunda também não
Possivelmente é uma charada
Ou uma simples denotação

Atente-se ao meu olhar!
Nas palavras que meus olhos dizem
Elas têm a intenção de acarinhar
Ou são apenas imprevisíveis

Atenha-se ao meu sorriso!
Ele também possui falas
Com ou sem juízo
Em pequena e grande escala

Lembre-se!
Expressões nem sempre são confiáveis
Traços e gestos, detestáveis
E por vezes, muitas vezes, também deploráveis

Se há dúvidas, pergunte!

A dúvida agonia
A espera, vã, faz machucar
Aí, ou é ficar naquela de analogia
Ou concluir e conformar

Quando nada der respostas
Leia a transparência!

terça-feira, 19 de abril de 2011

Pessoa certa?

Príncipe ou princesa, pessoa certa, alma gêmea, cara-metade... Quem nunca idealizou a pessoa com quem gostaria de compartilhar a vida? A pergunta que fica é se essa pessoa realmente existe.

As mulheres costumam sonhar com a aquela imagem do Príncipe encantado que vem em um cavalo branco e que trazem para suas vidas um final feliz. Os homens fantasiam menos, mas não deixam de sonhar com aquela pessoa cheia de qualidades. O fato é que todo mundo imagina a pessoa certa, um dia qualquer da vida ou quando a solidão bate sorrateiramente na porta. O ser humano não nasceu para viver sozinho!

Na minha cabeça essa história de pessoa certa, pessoa ideal é balela pura. Coisa de conto de fadas. Acho que nunca na vida existirá alguém que tenha tudo aquilo que se deseja, pois não existe ser humano perfeito (leia o post Perfeição). O máximo que pode ocorrer é encontrar alguém que tenha gostos parecidos, traços na personalidade que agradam imensamente. Assim você vai e se apaixona pelos detalhes que te agradam e passa a ver a pessoa como perfeita, mesmo com os defeitos mais gritantes marcando presença. Isto porque você aprendeu a amá-la.

E não só apenas o que é parecido conosco nos faz apaixonar por alguém. Já disseram por aí que viver socialmente é um compartilhamento constante de traços da personalidade, ou seja, um pegando muita coisa do jeito do outro. Por exemplo, você nunca gostou na vida de um tipo de música e a convivência com alguém fez você passar a curtir. Ou você acrescentou no seu vocabulário palavras que a pessoa perto de você vive dizendo. É uma adaptação mútua de gostos, gestos, palavras e por aí vai.

Definir um tipo único com as características que te agradam e fazer da sua vida uma busca constante dessa pessoa só vai trazer frustração e, consequentemente, solidão. Pois você ficará preso à ideia de encontrar uma pessoa que provavelmente não exista. E mesmo que exista ela não será 100% certa. Em algum momento ela vai te fazer chorar, mesmo que enxugue suas lágrimas nos minutos seguintes. Ela vai te magoar com alguma atitude ou coisa que disse, mesmo que peça desculpas depois. Ela vai estar ausente quando você mais precisar dela, mesmo que compense outro dia com uma noite inesquecível. Porque nada é completamente certo e todo mundo está suscetível aos erros do outro.

Apelando para o lado clichê da vida, o importante talvez seja não deixar escapulir as oportunidades que vão surgindo e dar valor aos ótimos momentos que surgem do nada e marcam a memória, ainda que não durem por muito tempo. E sempre viver! Seja amando, sofrendo, sorrindo, chorando ou correndo atrás. Ficar esperando que as coisas aconteçam é ver o tempo passar diante dos olhos e sem emoções.

quinta-feira, 14 de abril de 2011

Ciclo

Nos encantamos. Flertamos. Encontramos. Nos apaixonamos. Nos entregamos. Amamos. Fazemos juras de amor. Nos tornamos melosos. Esquecemos do resto do mundo. Nos presenteamos. Acreditamos no pra sempre. Fazemos planos. Realizamos muitos dos planos. Nos desentendemos. Discutimos. Ficamos com ciúmes. Brigamos. Fazemos as pazes. Nos amamos ainda com mais intensidade. Fazemos mais juras. Mais planos. Caímos na rotina. Erramos. Enjoamos um da cara do outro. Brigamos . Culpamos um ao outro. Amamos odiando. Inventamos ciúmes. Inventamos desculpas. Brigamos. Terminamos. Voltamos. Terminamos. Voltamos. Terminamos pra sempre. Pra sempre?

Luto.

Nos encantamos. Flertamos. Encontramos. Nos apaixonamos. Nos entregamos. Amamos. Fazemos juras de amor. Nos tornamos melosos. Esquecemos do resto do mundo. Nos presenteamos. Acreditamos no pra sempre. Fazemos planos. Realizamos muitos dos planos. Nos desentendemos. Discutimos. Ficamos com ciúmes. Brigamos. Fazemos as pazes. Nos amamos ainda com mais intensidade. Fazemos mais juras. Mais planos. Caímos na rotina. Erramos. Conversamos. Nos entendemos. Nos respeitamos. Terminamos pra sempre.

Luto.

Nos encantamos. Flertamos. Encontramos. Trepamos. Sumimos.

Indiferença.

Nos encantamos. Flertamos. Encontramos. Nos apaixonamos. Nos entregamos. Somos trocados.

Raiva.

Nos encantamos. Flertamos. Encontramos. Nos apaixonamos. Nos entregamos. Amamos. (...)

SOMOS HUMANOS.

segunda-feira, 11 de abril de 2011

Perfeição

Perfeição? Posse de ninguém! Alguns naturalmente QUASE se aproximam, mas o caminho foi construído para ser longo e inalcançável. E de acordo com os religioso, Deus é o único que a possui.

Ser humano perfeito? Se um dia existir provavelmente será artificial. E se o ser perfeito for construído por um humano, certamente algum defeito terá. “Defeitos de fábrica”, falta de educação, maus comportamentos, coisas do tipo... Ninguém nasceu para fazer tudo certo na vida e errar é bastante comum, por mais que tentemos não o fazer. Somos todos cheios de erros inclusive na estrutura. A diferença é que boa parte fica oculta, quase sempre.

Um erro bastante básico é a idealização das pessoas que gostamos muito como perfeitas e a relutância em ver seus defeitos. Claro que estes dificilmente são vistos à primeira vista ou seria um tanto desagradável. São detalhes que aparecem com a convivência e com o aumento da intimidade. E no dia que surgem inesperadamente assustam um pouco. É como se levasse um tapa na cara para despertar de um transe. Ou a mesma coisa ao imaginar que uma namorada faz o “dois” ou que a própria mãe tira meleca do nariz. Coisas tão óbvias e que é preferível ignorar.

Após serem notadas, lidar com as imperfeições alheias é uma tarefa complicada. Imperfeições são os defeitos com os quais você normalmente não se sente nada confortável. Algo que te incomoda e você dificilmente reclamaria para quem o possui, mas facilmente pode reclamar deste para outro alguém. Vale lembrar também da dificuldade que temos para reconhecer os próprios defeitos, sendo necessário que alguém os mostre, pois você raramente terá noção sozinho. Você pode ser inconveniente, por exemplo e não saber, pois julgar os outros é bem mais fácil que “cair na real”.

Talvez a harmonia das relações sociais venha mesmo da convivência e do aprendizado em aceitar uns aos outros com a presente falta de perfeição, ainda que com todas as qualidades existentes. Ser completamente intolerante aos defeitos é pedir pra ser excluído e deixado de lado. Nossos pais não são perfeitos, nossos amigos não são perfeitos, você não é perfeito! De acordo com uma das frases mais sensatas e comuns “Ninguém é perfeito!”.

sexta-feira, 8 de abril de 2011

Heroísmo

Sempre quis ser herói. Fazer o bem faz tão bem. Quis curar dores de cotovelo, lutos e dores sem motivo. Quis ouvir e ser prestativo, mesmo quando qualquer outra coisa não adiantasse. Quis melhorar as relações sociais. Quis consertar o mundo.

Eu não tenho a força e tampouco sei voar. Não consigo mover objetos com a mente e muito menos ler pensamentos. Meu corpo não é de aço e minha mente não tem nada de extraordinária. Mesmo assim o heroísmo me persegue. Extinto de proteção herdei dos meus pais. Coragem veio da vivência e ao perceber que não agir é o mesmo que ser amarrado quando o que mais se quer é correr. Levantar um carro com as mãos tornou-se possível quando passei a acreditar que tinha força suficiente. O mundo em sua imensidão passou a ser alcançado pelos meus braços que já não são tão curtos. Minha visão nunca chegou a ser de raio X, mas tem um alcance fora do comum. Pela auto-didática aprendi a energizar paciência e soltar sinceridade. E não sei dizer se foram as aulas de interpretação de texto que me mostraram como interpretar as pessoas.

A maldade alheia é um mal crescente. As pessoas desapegaram-se da bondade ao ver que a maldade tem suas facilidades. Egoísmo tornou-se lema e os laços sociais perderam a significância. As pessoas agora precisam ser salvas de si mesmas, porem não se pode salvar quem não quer ser salvo. E tentando mesmo assim, torna-se invasão de privacidade.

Heroísmo só tem algum valor quando as pessoas realmente anseiam por heróis.

segunda-feira, 4 de abril de 2011

Flyers e descontos

Ao ver uma mini discussão no twitter e inclusive após opinar, deu vontade de escrever sobre o questionamento feito: Por que diabos inventaram a necessidade de levar o flyer (panfleto) no dia da festa, ou mesmo imprimí-lo, para entrar com desconto?

Desconto é uma das coisas que tornam uma venda mais atrativa e tê-lo nunca é ruim. Porém não sei exatamente a origem dessa necessidade do papel em mãos na entrada da festa. Seria interessante ter uma explicação lógica para isso.

Eu imagino que seja para evitar uma lista de nomes e sua conferência na entrada ou uma forma inovadora (bastante inovadora, né?!) de ganhar mais dinheiro. Ainda assim acho que seria mais fácil definir diferentes preços por diferentes horários ou tornar ainda mais frequente a venda antecipada de ingressos. Não?

Fora o twitter sempre vejo alguém reclamar sobre isso e nunca ouvi um argumento concreto que defendesse tal procedimento. Colocando uma visão ecologicamente correta sobre o assunto, esta ação gera mais sujeira no mundo e mais papel pros funcionários que trabalham na festa acumularem. Além da chata corrida atrás dos ‘benditos’ flyers para satisfazer míseros descontos. Claro que os organizadores têm de divulgar a festa e acredito que único motivo da produção dos mesmos deveria ser este.

Simplesmente discordo da ideia. E você?