Você passa um tempão correndo atrás de algo em que deseja muito. Passa por momentos apertados, às vezes subumanos. Passa por situações que você nunca imaginou que pudessem acontecer. E não desistiu em nenhum momento. Depois de todo batalha, finalmente você consegue alcançar à linha de chegada e tomar para si o tal bem. Assim, empolga-se de todas as formas possíveis. Sente vontade de soltar fogos de artifício e mostrar para o mundo o quão bem sucedido você foi. E o faz! Não faz a mínima questão de esconder sua felicidade. Grita, pula, dança, beija e abraça. Afinal você merece comemorar.
Após muita comemoração você começa a se acostumar com seu bem, em tê-lo ou vivenciá-lo. Aí, de repente, sem prévio aviso, surgem entrelinhas, antes tão escondidas que você duvidou totalmente que existissem. E tais entrelinhas vêm como um balde de água fria tornando sua conquista um peso a ser carregado. Você começa a ter um pouco de desdém e a imaginar um futuro abandono. Pensa consigo se após tanto esforço para chegar até ali valeria à pena jogar tudo pro alto. Um questionamento de difícil resposta.
Como uma promoção que faz você desejar profundamente um produto, te faz querer a todo custo ir comprá-lo e no final ver que as entrelinhas acabaram por completo com a imagem construída em sua mente. É desanimador e na maioria das vezes a desistência é a opção mais viável e, neste caso, com menos dor.
É muito chato estar nessa situação. Pior ainda, não ter uma resposta certa para a melhor decisão, já que cada caso é um caso. E a decisão errada causaria um arrependimento irritante ao extremo. Complicado e ao mesmo tempo parte da vida...
Nao tem jeito, o arrepedimento e inevitavel.
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