Algumas vezes o ano não foi assim grande coisa. Ou talvez o ano tenha sido bom, mas estávamos tão estressados, cansados e envolvidos pelos problemas que acabamos não dando a devida atenção à parte boa. Mais uma vez, é o tal referencial alterando os sentidos, para o bem ou para o mal.
segunda-feira, 31 de dezembro de 2012
Adeus, 2012! Feliz 2013!
Algumas vezes o ano não foi assim grande coisa. Ou talvez o ano tenha sido bom, mas estávamos tão estressados, cansados e envolvidos pelos problemas que acabamos não dando a devida atenção à parte boa. Mais uma vez, é o tal referencial alterando os sentidos, para o bem ou para o mal.
segunda-feira, 24 de dezembro de 2012
Conto de Natal
Dezembro. Natal. Espírito natalino.
O poder do 13º salário aquecendo os bolsos, dando a sensação de serem mais fundos.
Amor. Calor familiar. Muito altruísmo ou quase isso.
No calor do momento, ele havia andado por horas de loja em loja. Tentou ao máximo fugir do comportamento nacional de deixar para comprar tudo de última hora, mas, mesmo assim, havia as formigas e seus formigueiros. Sentiu-se como uma formiga, no meio de diversas outras. Todas atrás do maior pedaço de comida para carregar para casa. Nesse caso, todas atrás de presentes. Amigo oculto no trabalho e em casa. Lembrancinhas para os seus. Ele queria presente para a mãe, o pai, a avó, o irmão e as sobrinhas. Até o cachorro estava merecendo um osso novo esse ano; não havia rasgado nenhuma almofada.
O sentimento mais presente era o do gastar. E não podia deixar de comprar coisas novas para si. Também merecia fazer parte do lindo sentimento de renovação que o Natal e a virada de ano traziam. Assim, comprou três calças, duas bermudas, duas camisetas e um sapato novo. Sem falar nos eletrônicos.
Quanto aos presentes, conseguiu gastar apenas R$ 500,00. Uma diferença grande, em comparação ao ano passado. Será que foi mais econômico ou os preços diminuíram? Achava difícil terem diminuído, já que a tendência é sempre aumentar. Mas não havia sentido questionar quando a economia tinha sido maior. Foi um mês de ótimos gastos e logo, muita felicidade. Gastar nessa época trazia uma felicidade tamanha. Claro que ele não se esqueceu de dar algo aos pobres. Era uma das obrigações de Natal mais consideráveis, ensinadas pelos avós. Ajudou alguns; sua alma foi enriquecida. Como estava feliz com tudo aquilo!
Ele foi à missa parabenizar Jesus. Ele não devia ser esquecido. Afinal as comemorações eram para Ele. O simbolismo, mesmo que muitos não ligassem ou se esquecessem, era todo dEle. Rezou, agradeceu-O, parabenizou-O.
E chegara a hora da tão esperada ceia. Peru e farofa de seus miúdos, salpicão, frutas secas e frutas estranhas que só aparecem nessa época, pernil de porco, vinho e champanhe... Comida para todos em casa e para sobrar para o almoço do outro dia. Conversas e mais conversas sobre o ano. Lembrança dos que partiram para o andar de cima. Meia noite. Troca de presentes. Muitas meias e cuecas. Abraços e carinho familiar. Em seu pensamento, um Natal muito feliz.
Ironias e brincadeiras à parte, que o Natal de todos seja feliz e abençoado! Que todo o consumismo do momento consiga trazer a felicidade que o momento pede! Que seja um tempo de paz e muito amor!
Um vídeo legal, para completar.
quarta-feira, 12 de dezembro de 2012
Fui lá e xinguei
Por algum motivo lembrei daquilo.
Aquilo tudo que nem importava mais ser mencionado.
Uma merda ainda ter tudo em mente, mas enfim.
Quando lembrei, senti doer lá no fundo...
No interior do interior, na parte mais sensível e intocável.
Doía tanto que tive que me encolher, tentando sufocar a dor com um aperto.
Gritei silenciosamente por horas.
E consegui a façanha de chorar sem lágrimas. Muitas lágrimas invisíveis.
Que estranho isso! Pensei.
Que lembrança filha da puta! Sussurrei.
Que vá para a puta que a pariu! Gritei audivelmente dessa vez.
Fui lá e xinguei. Xinguei mesmo!
É feio? Foda-se!
“A maldade do palavrão está na cabeça de quem acredita nela.”
Aos pouquinhos tudo foi voltando ao normal.
E encontrei uma distração melhor.
“Dizer palavrões pode ajudar a aliviar a dor – mas apenas em pessoas que não xingam com frequência -, concluíram pesquisadores de uma universidade britânica.”
FONTE: http://www.idadecerta.com.br/blog/?p=15957
domingo, 9 de dezembro de 2012
O amor é cego?
Todos já ouviram a expressão “O amor é cego”, geralmente com o pouquíssimo sentido literal. Acho a expressão totalmente válida, mas gosto de dar uma interpretação mais romântica para ela.
Normalmente dizem que o apaixonar-se é colocar de lado todo o senso crítico e ver, por exemplo, o feio como bonito, as partes ruins como boas e por aí vai. Concordo que em partes é assim, porém o amor vai além do físico e do concreto. Há muita coisa abstrata envolvida.
Não acho que seja uma perda de senso crítico e sim uma valorização de coisas que agradam somadas a uma aceitação carinhosa dos defeitos. Toda a parte bonitinha se tornando bonitona, em uma ênfase sem fim nos detalhes pequenos. E os defeitos acabam por completar o que dá charme ao conjunto da obra.
Não é verdade que quando gostamos de alguém, independente do sentido do verbo, este alguém se torna perfeito pra gente? Então! O conjunto dos defeitos e qualidades daquela pessoa a tornam única. E você gosta dela daquele jeitinho. Você gosta do sorriso torto, do jeito desastrado, do cabelo desgrenhado, daquele cinto brega que ela insiste em usar, da mania feia de roer as unhas, daquele nariz enorme, das pernas finas...
Depois de conquistado, não existirá mais no mundo pessoa igual. Por mais beleza que houver. A sua pessoa é a mais bela!