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domingo, 17 de junho de 2012

Hipocrisia

As pessoas adoram uma hipocrisia, não é? Principalmente quando querem ter direito de criticar e dar conselhos que elas mesmas nunca seguem.
Para quem não sabe:
hipocrisia
hi.po.cri.si.a
sf (gr hypókrisis+ia1) Manifestação de fingidas virtudes, sentimentos bons, devoção religiosa, compaixão etc.; fingimento, falsidade.
Há muitos hipócritas no mundo. Muitos falsos moralistas cheios de razão e com suposto direito de julgar atitudes de terceiros sem nunca se lembrar das próprias atitudes. E não dá para limitar hipocrisia à apenas uma parcela pequena da população. Há hipócritas demais. Eu, você, seus pais, seu chefe, seus governantes, o mundo.
“Se uma leve camada de hipocrisia não cobrisse o apodrecido tronco da nossa moderna civilização, que horrendo espetáculo não se depararia à nossa vista!” (Paolo Mantegazza)
Já é meio óbvio que a sociedade exerce um poder gigantesco sobre o comportamento humano e que certos modelos são sempre cobrados. Exemplos: - a mulher que presta é a que beijou poucos homens na vida e preservou sua virgindade para pessoa certa; - homem que é homem tem que ‘pegar’ todas. Modelos, estes, que vão além das épocas. E ser taxado de qualquer coisa ruim perante a sociedade é algo bem desagradável mesmo. Ninguém quer. Assim, quase sempre, todos vão fingindo ser exemplos de bondade e bom comportamento. Até aí tudo bem.

A parte irritante é a distribuição gratuita de críticas e julgamentos por pessoas que não têm moral para tal. Bom lembrar que o mundo gira sem parar e que muita coisa acaba voltando. Aí, no final, é sempre um festival de “pagação de língua”.

“Pagar língua” é uma expressão/gíria comumente usada para a situação em que a pessoa passa por uma experiência que desaprovava, rejeitava ou tinha forte preconceito. Ou seja, e se pegar fazendo algo no qual disse que nunca faria.
“A hipocrisia é a fuga mais comum daquele que não tem coragem de ser ele mesmo, o que o leva a sufocar seus medos e frustrações no preconceito para com o outro.” (Elis Raik Miranda de Carvalho)
Bom mesmo é lembrar-se da existência daqueles corajosos que ao invés de fingirem ser comportados, vão quebrando tabus, modelos comportamentais idiotas e revolucionando o mundo. E também daqueles que têm a mente aberta o suficiente para aceitar as loucuras alheias, ou simplesmente respeitá-las.

Antes de julgar o comportamento de alguém, seja pelo menos exemplo de alguma coisa!


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