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terça-feira, 7 de abril de 2015

Padrões



Por que será que é tão difícil entender as pessoas que não se interessam em fazer parte dos padrões gerais estipulados pela sociedade? Quer dizer, entender aquelas que têm coragem de NÃO fazer parte, já que a maioria se sente obrigada a seguir os estereótipos de beleza, de comportamento, de estilo de vida...

Tudo bem que se você não respeitar pelo menos alguns dos tais padrões, você será imediatamente taxado de louco ou algo do tipo. Andar sempre vestido ou evitar fazer coisas muito íntimas em público, por exemplo, são comportamentos necessários. Mas o que tem de mal em uma pessoa gorda não se importar em continuar sendo gorda? O gay ser efeminado e a lésbica masculinizada? Qual o problema em ser uma pessoa de pouca ambição e estar contente com o nível financeiro que já possui? Qual o problema de uma mulher dizer que não quer casar ou ter filhos?

É tanta coisa imposta e quase obrigatória, e é tanta gente presa a ideias e conceitos que nunca foram exatamente seus, vivendo em uma vida que não é aquela que traria a devida satisfação. Estamos imersos em uma cultura social que vive fazendo lavagem cerebral em nossas cabeças, fazendo-nos querer tão mais além do que a nossa própria vontade. Porque como já sabemos, o “querer sempre mais” está diretamente ligado à ideia de felicidade. É feliz quem consegue ter mais. Mas será mesmo?

Aí dizem que é desculpa de fracassado para fugir da determinação de mudar a própria vida. Só que o conceito de fracasso pode não ser o mesmo para todas as pessoas. O fato é que cada um devia cuidar da própria vida e deixar os outros com as vidas que querem ter, mudando quando acham que devem.

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